quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Do Chicken Eye e o seu Leal Tratador


O Chicken Eye (CE) foi introduzido neste primeiro Quiz de Cascata do Ano da Graça do Senhor de 2000 e picos. Como seu Leal Tratador, tento aqui complementar as informações sobre o seu funcionamento, servindo-me dos casos verificados (que me lembro) para ilustrar o espírito da coisa.

A função do CE é de auxiliar para uma correcta apreciação das perguntas e respostas, não um árbitro: o seu propósito resume-se à verificação dos factos abordados pelas perguntas, ponto. Questões litigiosas resultantes da interpretação ou formulação destes por parte dos que respondem ou perguntam escapam à missão do Chicken Eye e, obviamente, do seu Tratador: este limita-se a encontrar os factos, operando as teclas do portátil --- que não se carregam sozinhas.

O CE é mantido pela equipa que o solicitou quando se verificar que a reclamação que levantou é adequada aos factos; no entanto, tal não significa que tenha uma resposta certa, decisão que cabe à organização, caso não se verifique um conflito óbvio entre os factos e a resposta pretendida. No início do jogo adiantei que o uso do CE complementa o bom senso da organização e jogadores, não os substitui. Tentei agir em conformidade, conforme descrevo abaixo.

O CE foi utilizado cinco vezes, se não me engano (não tenho memória a longo prazo): dessas, duas disseram respeito à enumeração de listas (Vencedores da Taça de Portugal e filmes do Indiana Jones) e eram de avaliação directa; três envolviam o critério da organização (Estrunfes, Silicatos e banda sonora), tendo servido de elemento para esta poder tomar uma melhor decisão.


O resultado foi positivo? Cabe a cada jogador opinar. Mas parece-me que sem a sua utilização o granel teria sido muito maior, e as decisões tomadas muito mais fruto da pressão psicológica em stereo (vulgo ameaças e urros) e da resistência obstinada desta ou qualquer organização (vulgo teimosia e birra).

Seguem os casos de utilização; não me recordo de alguns pormenores, bem como de todas as equipas que pediram.

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Caso 1: Gasganete x Gargamel

Pergunta: "Qual o nome do bruxo dos Estrunpfes?"
Resposta pretendida: "Gasganete"

A equipa respondeu "Gargamel" e, como não foi aceite, solicitou o CE: para poupar tempo, informei o público que não ia utilizar a internet, visto que era sabido que "Gasganete" era o nome português, "Gargamel" o nome original. Como tal, a resposta dada está factualmente correcta (não era especificada a língua), e a equipa manteve o seu direito ao CE.

No entanto, a organização pretendia a palavra em português, escudando-se no uso da tradução "Estrunpfes", não "Smurfs": é uma questão de interpretação e condução do jogo, e coube à organização aceitar a resposta, tendo os Zbroing abdicado do ponto com a anuência desta.

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Caso 2: Vencedores da Taça de Portugal

Pergunta: "Quais os vencedores da Taça além das equipas tal e tal?"
Resposta pretendida: Obviamente, as que faltavam.

Alguém pediu o CE e verifiquei no site da FPF que a resposta era a pretendida pela organização. Neste caso pretendia-se uma lista completa (além das equipas já indicadas): a resposta pretendida era a correcta, a dada pela equipa que solicitou o CE estava errada. Como tal, CE perdeu o seu uso.

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Caso 3: Filmes do Indiana Jones

Abreviadamente, a situação é análoga à anterior: a resposta da equipa reclamante não coincidia com os nomes correctos, a resposta pretendida sim. CE perdido.

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Caso 4: Unidade fundamental dos silicatos

Pergunta: "Qual a unidade fundamental da estrutura dos silicatos"
Resposta pretendida: "Tetra-qualquer-coisa"

Pelo que percebi, a equipa que solicitou o CE duvidava da necessidade de especificar o tetra-qualquer-coisa, e tinha respondido algo à volta de "sílica" ou "silício".

A Encyclopedia Britannica contém a frase "The basic structural unit of all silicate minerals is the silicon tetrahedron", logo a resposta pretendida pela organização estava claramente correcta, acima de qualquer questão de interpretação. Como tal, decidi que a equipa perdia o uso do CE.

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Caso 5: Banda sonora "O último imperador"

Pergunta: "Quem compôs a banda sonora do Último Imperador"
Resposta pretendida: um dos três autores da dita.

Os Ordem do Fónix pediram o CE, porque os Espertalhos tinham respondido apenas um dos autores, e estes pretendiam que apenas os três autores fossem considerados como resposta certa.

Verifiquei que realmente há três autores (os indicados pelos Fónix); como tal, estes mantiveram o uso do CE, já que sabiam claramente a resposta mais completa.

No entanto, tal não quer dizer automaticamente que tenham razão na reclamação: o critério da organização é soberano, e esta pretendia apenas um autor. Posso palpitar que o fizeram no momento para simplificar um quiz já longo e pesado, visto que tal não era especificado no texto da pergunta (situações semelhantes sucederam-se).

Mas, novamente, o Tratador não é pago para pensar, apenas para teclar (na verdade, não é pago, o que é uma injustiça social e um fumegante pedaço de cocó) e retirar ou manter o CE da equipa que reclamou.

Este caso foi o que levantou mais polémica, visto que foi o único em que um CE foi aceite, mas a reclamação não. Felizmente, a metáfora tenística mantém-se, já que o árbitro tem o direito de anular a decisão do Hawk Eye num ponto: já ocorreram algumas (muito poucas) situações em que um jogador pede um HE, que lhe dá razão (e, como tal, mantém o seu uso) --- mas o árbitro decide contra o HE, e o jogador perde o ponto na mesma.


A mensagem fundamental deste artigozeco é esta: o árbitro é a organização, não o Leal Tratador: um CE pode estar correcto, sem que a reclamação seja aceite. Se os jogadores pretenderem que a Comissão arbitre disputas, tal pode ser discutido. Até lá, Boc, boc, boc!

Jorge Páramos

As fotografias são da responsabilidade do quizadas

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Crónica da Jornada de Janeiro

No arranque do Campeonato de Cascata 2011, algumas novidades a anunciar – equipas novas em acção – Outsiders (com origens fonixianas) e Universus & Frigorificus (a derivar de outras andanças de quiz) e a introdução do inédito Chicken-eye, a nossa variante do Hawk-eye, para dar a possiblidade a cada equipa de contestar uma resposta considerada incorrecta ou correcta, consoante os casos.

Casa cheia com todas as 16 equipas em jogo, mais os Golfinhos em estreia organizativa. O frio pedia um jogo animado e a entrega das medalhas referentes à última edição deram o mote. Ainda o trio contemplado, composto por Zbroing, Mamedes e Espertalhos, voltava às suas gélidas cadeiras e já o jogo arrancava.


Aperta, aperta com eles



A parte escrita teve os seus altos e baixos, mas foi talvez a melhor parte do jogo dos Golfinhos, apesar de nessa altura estarmos ainda muito longe (até em termos de horário) de ter um noção completa do que aí vinha. Diversificada qb, em termos temáticos, não foi das mais complicadas a que já assistimos, embora aqui e ali se pudesse ter simplificado um pouco mais. Por exemplo, se identificar os elevadores de Lisboa era até acessível, pedir a ordem cronológica, tornava-a quase impossível e, nos casos das letras das músicas, dado os espaços por preencher, pedir duas letras pelo preço de 1 ponto, não era negócio entusiasmante.

Essa dificuldade custa pontos e isso reflectiu-se nas pontuações, com apenas 5 equipas a conseguirem alcançar 50% dos pontos em disputa e só uma acima desses 5 pontos (Espertalhos, com 7). As restantes equipas oscilaram entre 2 e 4 pontos o que, apesar de nivelado por baixo, permitia ainda um certo equilíbrio.


A indiana Kalamandalam Hemaletha bateu o recorde mundial ao dançar por 123 horas e 15 minutos a dança clássica Mohiniyattam, dados confirmados pelo Livro de Recordes do Guinness. No entanto, tal pode não ter contribuído para o Nélson Évora vender mais artigos da sua linha de óculos.
Mas, o que eu quero mesmo saber é: o que é que se passou na maratona de nível 1?




Começando pelo fim, o nível 1 demorou 2h30m, começando o nível 2 a horas a que outras jornadas começaram o nível 3. Podemos ir buscar muitos factores para justificar isto, juntando a inexperiência dos organizadores com alguma dificuldade acrescida, mais a inserção do chicken eye no mix e até o já aclamado granel. No entanto, é difícil explicar bem o que se passou e que infelizmente, empenho dos Golfinhos à parte, esteve longe de ser positivo.

Mais do que o facto das cascatas serem temáticas ou não, continuo a defender a importância da nivelação da dificuldade o que, mais uma vez, não aconteceu, quer dentro de um tema, quer entre o que calha a cada equipa em cada nível. Se se escolhe o tema saúde ou se alinha as perguntas pelo nível dentição definitiva/nomes dos dedos das mãos ou se vai pelo nível data do Plano Nacional de Vacinação. Misturas dão origem a confusão, especialmente se a “fava” das perguntas puxadas não estiverem pelo menos pensadas para serem distribuídas por todas as equipas.


A disparidade de dificuldade foi notória, passando do nome do rebento de Yannick e Floribela para as virtudes de uma dada floresta inglesa ou do estado brasileiro da localidade de Canoas para o gelado da Olá que tem como mascote um cão. Juntando-se a isso uma formulação de perguntas por vezes mais incompleta ou interpretativa e o crescente descontentamento na sala, pois quanto mais se demora, mais combustível se vai atestando e, por esta altura, os Golfinhos certamente já desejariam estar a navegar por outras águas.

Feitas as contas, apenas cinco equipas acertaram mais do que três directas neste nível e o total de directas respondidas foi de cerca de 50%, números mais condizentes com um segundo nível, tal como as oito perguntas que deram a volta à sala, com destaque para o épico 4 em 1 que calhou aos Fónix. Na frente saíam os reforçados Mamedes, seguidos de perto por Espertalhos e Frikadellos, com os Fónix à espreita.

Pelo meio da odisseia, os Power 2U Duracell não conseguiam juntar energia para o arranque, ficando pelo caminho, tal como os Cavaleiros de João Silva, ainda à procura de novo andamento, depois das debandadas do final da época passada. Igualmente de fora ficavam Folie à Cinq e BMV c/ Laranja, com estes últimos a não conseguirem dar seguimento a um final em força de 2010. Às portas do segundo nível ficavam Lais e Feios, Porcos e Maus, num serão que se adivinhava longo.


Não transformes as tuas convicções em pedras granulosas Saint-Exupéry



No segundo nível, a toada manteve-se e o jogo foi-se arrastando, algo que de certo modo chutou para segundo plano o equilíbrio pontual que se mantinha. Assistimos a uma certa concentração temática a espaços, com foco nas citações e na geologia e seus derivados, mantendo-se a inconstância em termos da dificuldade, apesar do nível ter sido puxado para cima.

Um ou outro momento de granel, em debate mais aceso com a organização por causa de critérios de aceitação de respostas também ajudaram à festa que, com cerca de um terço das perguntas a dar a volta à sala, bem ia precisando de uns picos de agitação para evitar o congelamento. Nenhuma equipa conseguiu sequer acertar metade das suas directas, o que reforça o distanciamento que houve entre as intenções iniciais dos Golfinhos e o que na realidade se verificou.

Entre os quatro que caíram nesta fase, realce-se a estreia promissora dos Universus e o início em crescendo face à época passada por parte dos NNAPED, ao passo que pelo meio da tormenta caíam dois conjuntos de nomeada, como é o caso dos Ursinho e, surpresa das surpresas, os campeões Zbroing que iniciam a defesa do título de forma tremida.

Na frente, o trio Mamedes, Fónix e Espertalhos pareciam ir decidir tudo ao sprint, ao passo que as restantes três equipas rezavam por um nível mais acessível que lhes permitisse escalar uns lugares na classificação.


Igrejium delphinus jardinophilis tardepracaracias



Quando um nível três começa às 03h40m da manhã, já se sabe que o desafio maior é: tentar não adormecer e sucumbir para sempre aos efeitos da hipotermia. A dificuldade do nível normalmente contribui para tornar maior essa luta o que, só por si, já dispensava ajuda.

Mas, apesar de parecer injusto, creio que os Golfinhos conseguiram ajudar à festa. Das 36 perguntas, diriam que possivelmente metade delas se focaram em Igrejas de Lisboa, nomes de jardins e géneros botânicos. É certo que o critério do organizador é soberano mas, à parte do gosto pelo tema, diria que há a considerar as equipas que jogam e o que está em jogo. Creio que não foi este o caso, mas houvesse um craque em botânica ou um especialista em história de Lisboa entre os finalistas e, dada a especificidade do tema, facilmente se podia desequilibrar a balança.

Assim, aqui e ali lá se foram conquistando uns pontinhos, o número de perguntas a dar a volta manteve-se nos 50%, com os estreantes Outsiders (apesar das 4 directas que deram a volta) a provarem que podem ficar mais por dentro do que por fora dos bons resultados.
Unidade 101 e Frikadellos também tiveram um bom início de época, que esperamos que se venha a confirmar com as suas organizações, que se seguem no calendário.

No trio da frente, de onde se decidiu o vencedor, os Espertalhos foram os primeiros a perder o comboio, tendo que se contentar com o terceiro lugar no pódio. Ainda assim, já com o ex-cavaleiro Rogério no plantel, a equipa promete um maior entrosamento nas próximas jornadas. Já os Fónix e os Mamedes discutiram a vitória até à última e se, pelo lado da Ordem fica a noção de uma jornada em crescendo, a prometer um 2011 na luta, foi o conjunto mamedino que mais se destacou, alcançando a vitória e provando que os reforços estão lá para tentar regressar aos dias de glória.

No entanto, perto das quatro e meia da manhã, as pessoas estão mais preocupadas em saber onde se toma o pequeno almoço e qual a melhor forma de descongelar os membros inferiores, do que propriamente em festejar vitórias...


Linha de fundo


Pelos vários factores que fui enunciando e outros que se podem juntar à festa (ex: se fazemos perguntas de substituição a incidir sobre um tema eleitoral, apropriado pela data, convém que as respostas possíveis sejam em número suficiente para dar a volta pelas equipas todas e, vistas as coisas não existiram presidenciais para 16 equipas tentarem a sorte), é fácil dizer que os Golfinhos não conseguiram transportar a sua já considerável experiência como fregueses para a sua estreia atrás do balcão.

Se é mais desculpável alguma insegurança na condução do jogo ou até no formato da formulação das perguntas, já os blocos temáticos descompensados em termos de equilíbrio de dificuldade e os temas recorrentes (especialmente no nível 3), são apenas exemplos de que tudo o que ser evitado se às vezes não houvesse uma tentação pelo abismo organizativo.

Aliás, eu posso colocar este link para o Pseudo-Guia de Boas Práticas 50 vezes com a plena noção de que ninguém o vai ler, mas também com a certeza que bastava ter atenção a metade do que lá vem para ajudar um quiz a ser melhor. Não tem a ver com ter mais ou menos Literatura, Pintura, Cinema, Ciências ou craques da pelota basca - tem a ver com o equilíbrio necessário para a diversão não desaparecer da equação. E se eu nunca ponho em causa o empenho/entusiasmo dos organizadores em fazer o seu jogo, assim como aceito uma margem larga nas escolhas temáticas, não consigo conceber uma maratona de quase seis horas numa sexta à noite em que toda a gente, organização incluída, sai de lá muito pouco satisfeita.


Nota final para o Chicken-eye, que foi chamado a intervir algumas vezes. Parece-me positivo, embora falte definir um pouco melhor o que é contestação de resposta e o que é uma contestação do critério do organizador. Por duas vezes, no caso do Gasganete/Gargamel e no caso da banda sonora do "Ultimo Imperador", a coisa foi dúbia, defendendo-se o organizador com o seu critério para validar a resposta que aceitou. Isto parece-me uma zona de ninguém em que quem pede o Chicken Eye se pode sentir defraudado...

sábado, 22 de janeiro de 2011

CLASSIFICAÇÃO DE JANEIRO


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TABELAS DE 2010

Encerrando de vez o ano 2010, no que a tabelas diz respeito, publica-se todas as classificações de cada jornada em 2010; o acumulado de pontos que foram ocorrendo jornada a jornada; e por último as classificações que foram ocorrendo mensalmente até à classificação final.






















E para acabar, o resumo de finais em todas as 53 jornadas disputadas nestes 5 anos. As equipas não inscritas em 2010 estão a cinzento-claro.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Golfinhos à boca das Urnas

Tendo em conta a jornada de mais logo, usámos os nossos skills comunicacionais para chegar à fala com os Golfinhos e saber um pouco mais sobre esta equipa e também sobre o que nos espera mais logo.




Entrevistador Temerário (ET) - Comecemos por uma dúvida em relação ao vosso nome - "Golfinhos, Favaios e Companhia" - Nos dias que correm, Favaios e Companhia é coisa fácil de arranjar por poucos euros mas e os "Golfinhos" onde é que vocês os foram buscar?


Golfinhos (GFC) - Quando foi criada a equipa, ninguém tinha ideias para um nome, até que alguém do nada, se lembrou de "Golfinhos" e assim ficou. Assumimos que podia ser pior. "Favaios e Companhia", surge após uma série de prestações brilhantes, que eram premiadas com garrafas de Favaios e outras guloseimas. Chegámos ao ponto de pensar abrir uma loja de revenda de Favaios. Neste momento, julgo que já não sobram muitas garrafas de Favaios, bebemo-las todas.



ET - Depois de alguns anos na luta, os Golfinhos chegam finalmente ao patamar de organizadores de uma jornada de cascata. O que significa isto para vocês?

GFC - Estamos maravilhados, sempre foi o nosso sonho, já quando assistíamos a jogos de cascata no interior da Amazónia, sempre falamos entre nós que gostaríamos de organizar um quiz. Falando a sério, ou talvez não, organizar um quiz, é uma grande responsabilidade e um grande desafio. Apesar de já jogarmos há alguns anos, sentimo-nos na obrigação de tentar criar um jogo que não só divirta o pessoal, mas que seja igualmente sério.



ET - É verdade que dispensaram o Miguel "Quizadas", depois deste ter imposto, para continuar nos Golfinhos, a condição de efectuar uma cascata cantada em cada nível, com temas de revista e apontamentos líricos? E, com a saída dele, prevêem reforços?

GFC - Pois o Miguel, foi dispensado, porque cascatas cantadas, com temas de revista, em que os membros da equipa tinham de estar vestidos de golfinhos, mais parecia uma cena tirada dos sketches do Tony Silva. Por isso, dissemos, Miguel, adeus Maria Ivone, goodbye my love.

Em relação ao Miguel, quero agradecer-lhe o ano que jogou connosco, gostámos imenso de o ter na nossa equipa, ao ponto de ter ficado uma amizade entre todos, se transvaza o quiz cascata. Entendemos o porquê da saída do Miguel e queremos desejar-lhe as maiores felicidades na nova equipa. Claro que em caso de empate connosco, queremos é que ele leve uma garrafita de Favaios.

Estamos neste momento a promover um casting para o novo membro, queremos um novo membro, que para além de ter cultura geral, saiba dançar, cantar e que goste de Favaios. Aceitam-se inscrições.



ET - Em relação ao jogo de sexta feira, como foi a tarefa, canja ou um osso difícil de roer? Podemos esperar alguma novidade, inovação ou temas tipo "Flipper Free Willy Tzu?

GFC - O nosso objectivo para sexta, é que seja um jogo acessível a todas as equipas, divertido e sério. Não queremos inventar perguntas que mais ninguém sabe. O quiz ainda está a ser afinado, mas gostei da sugestão, uma mistura de Free Willy com a Arte da Guerra. Obrigado pela dica, malta, preparem-se, a culpa não é nossa. Foi a pedido.

No fim, agradecemos que não atirem tomates e outros legumes aos organizadores. Agradecemos que nos entreguem esses legumes nuns sacos, para que possamos fazer umas saladas em casa, a vida está difícil.





ET - Qual foi a pergunta que gostariam de ter incluído mas que, por manifesto excesso de qualidade, tiveram de retirar à última hora?

GFC - Tivemos até á ultima a pensar se colocávamos a explicação científica para os efeitos secundários da ingestão de uma garrafa de Favaios, num Golfinho numa noite turbulenta em vésperas de eleições antecipadas.

Boa sorte para todos e que gostem do nosso Quiz.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Antevisão 2011, estilo Speedy Gonzalez

Não havendo muito tempo, faça-se a coisa a bom passo, tocando nos principais pontos, em termos organizativos.



- Segundo uma fonte junto da Comissão Organizadora que preferiu manter o anonimato, coisa que não fez com o bigode, é já ponto assente que o número máximo de equipas no campeonato em 2011 será de 17 (16 a jogar e 1 organizador em cada jornada).

- A ordem das organizações ainda não está completamente definida, já que a CO está a avaliar a melhor forma de garantir um formato estável. No entanto, foi já assumido que as três primeiras organizações do ano seguirão a ordem da época passada. Teremos portanto Golfinhos, Frikadellos e Unidade 101 a abrir a hostilidades.

- Embora esteja ainda em aberto a possibilidade da actualização do regulamento nalguns pontos, uma das possíveis novidades para 2011 é a capacidade de cada equipa, dentro de certos limites, poder apelar para uma revisão da resposta a uma pergunta sua ser considerada correcta/incorrecta, à semelhança das regras do ténis em torneios em que existe Hawk Eye. Os detalhes desta inovação ainda estão a ser ultimados e, oportunamente, a CO certamente irá avançar com uma explicação mais detalhada.




Para além disto, em termos de mercado, até ao momento só parece ser certo o fim dos Indomáveis de Marco Vaza, restando saber se os seus membros se irão espalhar por outras equipas. No entanto, o mercado permanece agitado e os Cavaleiros não só verão alguns dos seus principais elementos reforçarem outros colectivos como os restantes terão que fazer pela vida para completar o plantel.

Nos campeões não parece haver grande novidade, a não ser um possível acordo com uma marca da indústria cervejeira para reforçar o consumo do plantel. Já nas restantes equipas do pódio, prevêem-se novidades, com os Mamedes no papel de principal agitador do mercado. Com equipas novas a entrar, o desaparecimento de outras e jogadores a quererem mudar de ares, até ao início de campeonato prevemos que a agitação não ficará por aqui.



A título adicional, fica ainda aqui um post sobre boas práticas na organização de uma jornada de quiz de cascata. Métodos, teorias e apontamentos que, como de costume, valem o que valem, mas que podem até não ser totalmente inúteis...

domingo, 2 de janeiro de 2011

Entrevista com os Zbroing - Campeões 2010


O campeonato de quiz de cascata 2010 acabou por ter um vencedor inédito. Uma equipa já com algum historial, mas em que se calhar poucos apostariam no início da época, apesar da crescente competitividade.
Apesar de saber, por sofrer do mesmo mal, onde boa parte destes artistas de vaudeville se conheceu, mais precisamente num sempre suspeito palácio cor de rosa, fui falar com o Sérgio e o restante colectivo, para saber um pouco mais sobre a medicação que pode ter ajudado estes senhores a chegar ao título.

Entrevistador Astuto (EA) - Zbroing campeões pela primeira vez. No início da época isto era um desejo utópico ou já estavam dispostos a lutar por isso?

Colectivo Zbroing (CZ)
- No início da época já éramos claramente os favoritos, como aliás todos os anos. Apenas o sistema nos impediu de celebrar o hexa. Isso e o facto de apenas irmos na quinta edição do campeonato.


EA - Na vossa equipa, a vossa base académica (pelo que sei) é muito semelhante e já levam uns anitos a aturarem-se. Isso ajudou a manterem a evolução ao longo dos anos, unidos enquanto outras equipas se desmantelavam?

CZ - Na verdade, tudo isso é uma fachada. Todos fomos geneticamente concebidos por um cientista louco como Alfas (e um Beta menos, vá) precisamente com o objectivo de vir a vencer este campeonato, o qual ele sabia vir a ser criado mais dia, menos dia. Assim sendo, já podemos ser desintegrados no mês que vem.


EA - O que mudou na vossa equipa, face às outras épocas ou, pelo contrário, o que acham que mudou à vossa volta para esta senda de vitórias que levou ao título?

CZ - Continuamos a ter um núcleo de seis, sete pessoas tão brilhantes que só podemos chegar à conclusão que a mudança de 5 para 6 elementos este ano nos fez alcançar níveis verdadeiramente mesosféricos. De resto não fazemos ideia do que se passa nas outras equipas, nem damos por elas durante os jogos.


EA - Em que momento é que começaram a ter a sensação "Este ano é que é".


CZ - Terá sido quando obriguei o resto da equipa a tatuar no peito e no braço esquerdo uma estrelinha de campeão. Penso que esse facto deu a motivação extra que faltava ao colectivo para se galvanizar. Isso e a fruta.


EA - Em equipa que ganha não se mexe ou, com a saída do "Megas", exportado para outro país, já estão a planear a próxima época com
reforços, para a defesa do título?


CZ - O Megas já tinha sido substituído pelo menos três vezes desde que o campeonato começou, a cada vez por um clone mais avançado que o anterior. No entanto, como os jogos foram ficando progressivamente
menos emotivos, decidimos por unanimidade e aclamação enviá-lo para um campo de reabilitação por tempo indeterminado e proceder a treinos de captação ao estilo Battle Royale. Até agora os resultados dos amigáveis disputados tem sido bastante surpreendente.



EA - Como é que vêem em retrospectiva este campeonato no geral, a mediatização da cascata e do quiz em geral que se foi assistindo ao longo do ano?

CZ - Devido a uma bizarra doença, nenhum de nós possui a capacidade de ver em retrospectiva, pelo que estamos impossibilitados de responder a essa pergunta, pelo menos até o Ciências encontrar uma cura. Quanto à mediatização, penso que era apenas uma questão de tempo até tal ocorrer, sobretudo devido à enorme concentração de jornalistas por metro quadrado na Ajuda.


EA - Finalmente, o que acham que pode melhorar o campeonato de cascata para a próxima época.

CZ - Deixar de haver faltas de comparência ajudava. Talvez também haver alcatrão e penas à espera dos organizadores para os pôr em sentido.