sábado, 26 de fevereiro de 2011

CRÓNICA DE FEVEREIRO


Missão Impossível II


Em jornada de grandes emoções, os Fernandos Mamedes após terem estado nos lugares da frente mas sem nunca estarem colados aos primeiros, entraram no último nível para segurar o 3º lugar, pois afigurava-se improvável que subissem mais posições.
Improvável? This is another job for Mission: Impossible! À semelhança da 4ª jornada do ano passado, recuperaram 7 pontos, igualando esse recorde que já lhes pertencia. Embora desta vez, mais dramático e intenso que então.

É que os BMV c/ Laranja fizeram uma jornada igualmente fabulosa e até ficaram em 2º só neste nível. Uma derrota inglória, mas um digníssimo vencido. Prometem um belíssimo 2011.

Duas jornadas, duas vitórias para os Mamedes. Bom prenúncio? Ou entradas de leão e saídas de sendeiro? Tem a palavra os 16 adversários.


A sustentável leveza de organizar

Como não estava à espera de fazer a crónica, já tinha dito o essencial do que me apetecia em comentários. No entanto, vamos dissecar um pouco melhor a prestação da organização dos Frikadælløs.

Parti para a Ajuda com angústia, devido ao ano passado. Mas ao longo da jornada, nem me tinha apercebido que essa angústia já não tinha razão de ser. E desde a parte escrita. Se é verdade que disse em essência que um quiz é bom quando não é mau, no entanto está muito aquém para qualificar a prestação da organização.
É que esta segunda tentativa superou bastante as minhas expectativas.
Teve variadíssimos temas e sub-temas para todos os quadrantes, tornando-se uma prova bem equilibrada desse ponto de vista. As perguntas no geral eram bastante interessantes e contribuíam para agarrar o público e focar esforços. A jornada foi um pouco longa, mas o interesse que o quiz provocava, fez com que não se desse pelo tempo passar.
Fica-se com a sensação que o jogo tinha dado algum trabalho a eles e com a preocupação de ter sido feita para nos oferecer. E nós, quando assim é, naturalmente agradecemos. E pela postura e apresentação jovial, bem dispostos, prontos a assumir os enganos caso algo corresse mal (e não foram assim tão poucos), têm toda a minha simpatia.

É claro que houve defeitos também. O maior deles terá sido nas perguntas fora de nível. Não que tivesse sido algo exagerado, ou mais do que em muitas jornadas. Apenas não vieram resolver este problema. Antes vieram constatar que o que qualquer equipa que já organizou, sabe há muito. Que é uma circunstância de jogo a que temos que nos habituar em todos os quizes, e que só se torna um problema quando é exagerada. Apesar de tudo, não chegou a ser nada de escandaloso, portanto neste caso foi uma circunstância.

Falar dos problemas de ouvidos (ao que eles podem ripostar e com razão que estava um granel do catano), falar das perguntas repetidas no power-point, ou do Chicken-Eye (CE) na parte escrita (que foi imediatamente corrigido antes de iniciar o 1º nível. Gato escaldado...), muito sinceramente são mais circunstâncias descontraidamente resolvidas, que não prejudicaram ninguém e fez-nos um rir um pouquinho, incluindo os próprios.

Quanto às polémicas que surgiram ( o ergotismo, a Mercedes-Benz, o Grupon e se calhar mais uma ou outra que não me recordo), já foram dissecadas na caixa de comentários do post abaixo da classificação e não vale a pena malhar mais. Se algo fica por dizer, os comentários estão abertos para isso mesmo.
No entanto, independentemente da minha posição sobre elas, o critério da organização é soberano, mesmo que achemos injusto e argumentemos para que a mesma seja resolvida a nosso favor (temos esse direito), a palavra final é da organização.
Quanto aos CE, só resolvem a favor do queixoso (ou pelo menos devem) quando se trata de um facto errado escrito no cartão (Ex: Barcelona, capital de Espanha), mas em questões menos factuais e mais interpretativas, o CE não se sobrepõe à organização. E os queixosos de hoje poderão ser os beneficiados de amanhã e vice-versa. Sempre foi assim, Portanto, é preciso calma. Não estão milhões de euros envolvidos neste campeonato (embora devesse).

Conclusão: Não foi perfeito. Não foi muito bom. Mas para uma segunda tentativa, depois de uma primeira completamente ao lado (na minha opinião, claro) o conjunto Frik leva da minha parte um rotundo Bom grande. E estabelecem uma fasquia já bem elevada como ponto de partida para o que vem aí. E por causa dessa franca evolução, recebem os meus sinceros parabéns e um muito obrigado!


Reviver o passado na Ajuda

Para não gastar dois posts, pois já tinha a ideia de falar disto após a crónica, vou recuar a 2006 e seguir daí até hoje.

Nos dois primeiros anos, havia três equipas candidatas ao título: Mamedes, Cavaleiros e Fósseis. Eram equipas que tinham um plantel muito forte, sobretudo para fazer recuperações notáveis nos últimos níveis, e que se sabia de antemão que não dependiam da sorte para ganhar uma jornada, acabando fatalmente nos três primeiros lugares da classificação. Os restantes contentavam-se com as pequenas alegrias de um lugar no podium, de vez em quando. Nessas épocas, o cômputo geral foi 17 vitórias em 20 jornadas, distribuídas pelos "três grandes", como lhes chamavam.

Em 2008, terceiro ano da cascata, os três grandes tiveram a companhia anunciada de mais dois. Zbroing e Ursinhos colaram-se aos da frente. A asfixia que este quinteto provocou foi tão forte que qualquer outra equipa precisava mesmo da sorte do jogo para as jornadas lhes corressem de feição, pois os cinco tinham plantel mais que suficiente para virar a sorte do jogo a seu favor. O resultado foi que nas 33 idas ao podium das 11 jornadas, só 5 não pertenceram eles.

2009 chegou e foi um ano atípico em relação aos anteriores. Primeiro porque houve um cansaço generalizado das grandes equipas, a que a baixa de qualidade de algumas organizações também contribuiu. Mas não é à toa que o campeão deste ano (a Ordem do Fónix) escapava deste cansaço, pois tinha revolucionado e reforçado o plantel no ano anterior. Estavam concentrados e empenhados, e por isso mesmo foi de uma forma natural que escapou à pressão que as equipas do meio da tabela infligiram a todos os grandes, tornando cada jornada imprevisível. Ou seja, houve mérito dos menos grandes, mas também demérito dos grandes, Fónix excluido.
A equipa que seria vice-campeã não pertencia aos grandes. A meio do campeonato reforça-se com elementos de muita qualidade e os resultados, mais do que surpreendentes para uma equipa do meio da tabela (na altura), foram fruto de uma frescura e competitividade aliada a uma grande motivação em disputar cada jornada, algo que a maior parte das equipas de topo pareciam ter perdido.

No ano passado, as equipas passaram a poder jogar com 6 elementos. Tudo parecia voltar à normalidade, no que aos candidatos dizia respeito (agora 6). Parecia mas não foi bem assim. Se é certo que a classificação voltava a ser asfixiante para quem não pertencesse aos 6 da frente (com uma honrosa excepção na segunda metade do ano), muito devido à introdução do 6º elemento; as rotinas de jogo acusavam desgaste em algumas, sobretudo aos Cavaleiros. Mesmo assim, quando há seis equipas a disputarem o título, a sorte começava a ser um factor envolvido nesta pretensão.

E este ano? Temos muitas mexidas e reforços no plantel das equipas, de tal ordem que elas se equivalem. E por causa disso, pela primeira vez sinto que cada jornada vai depender mais da sorte do que qualquer outro factor. De igual forma, o campeonato vai depender dos "índices" de frescura e motivação que permitiu, por exemplo aos Espertalhos dominarem a segunda metade de 2009. Isto obviamente, não contando com "lesões" forçadas ao longo do ano.
Para já, os Mamedes seguem claramente na frente. Foram os protagonistas das transferências do ano, sobretudo porque nunca se tinham reforçado desde 2006 (!). Ganham as duas primeiras jornadas graças à sorte de jogo que é necessário ter para se sobrepôr aos tubarões da mesma igualha. E ganham uma nova equipa, pois estavam carenciados de novas rotinas e de uma frescura motivacional, perdida desde há muito.
O título passa por estes dois factores. Sorte e motivação. Quem será o campeão deste ano?


Resumindo, a coisa foi assim...

O campeonato este ano parece finalmente ter estabilizado no número de equipas e nas comparências. Ainda bem.

A parte escrita teve, pela primeira vez num quiz, dois scores perfeitos! Espertalhos do Carinho e BMV c/ Laranja tiveram mais mérito a conquistá-los, porque a média não foi assim tão alta quanto isso.
O 1º nível não acabou sem um já frequente desempate, fruto da qualidade do campeonato. Três galos para um poleiro, o maior "galo" foi para os Ursinhos Bobó que protagonizam a maior surpresa da jornada e para já do campeonato. Três pontos em dis jogos, não se coaduna com os pergaminhos deles e veremos o que farão daqui para a frente. Universos e Frigoríficos, uma das novas equipas deste ano, também ficaria arredada neste desempate que sorriu aos Duracell.
Por aqui, ficavam também os Golfinhos, Favaios & Co., Nnaped, Unidade 101 e Folie à Cinq, estes últimos na fatal pergunta do Grupon.
A vencer o nível, um trio constituído por Zbroing, Fónix e Outsiders e assumiam as três posições respectivamente, já com uma pequena vantagem sobre os outros.

No 2º nível, os Duracell não conseguiram subir mais, apesar de ganhar o desempate na ronda anterior. Também os Espertalhos do Carinho cairiam surpreendentemente, guardando apenas boas recordações da sua prestação na parte escrita. Os Ex-Cavaleiros melhoram em relação à jornada anterior, mas ainda não foi desta que chegaram à final. Quanto aos Outsiders acabaram à porta. Mas muito cuidado com esta equipa estreante! 6º e 7º nas duas primeiras jornadas faz jus ao nome por eles escolhido.
O nível acabava por ser vencido pelos BMV c/ Laranja, mercê de mais 7 pontos que qualquer equipa. Olhavam para trás e só os Zbroing não eram meras formigas no horizonte. Era mais uma noite para eles?

Se não fosse a recuperação dos Mamedes, a final não teria tido história nenhuma.
Para já, estabelece um recorde à 2ª jornada. São 10 as equipas a chegarem a uma final. Óptimo!

Os Lais da Carangueja, muito seguros ao longo do quiz, fecharam a final. Não foram brilhantes, mas foram eficazes. Será este no que acabam entre os 11 primeiros? Já merecem.

A Ordem do Fónix acabaria por perder embalagem ao longo da jornada. Mas repetem a final, algo que só mais uma equipa pode dizer o mesmo. Têm ganas de recuperar, mais que o título, o prestígio perdido o ano passado.

Os Feios Porcos e Maus ficam à porta do podium, mas estão apostados em, no mínimo, manter a qualidade das exibições do ano anterior.

Os Zbroing 747! acabaram por baixar ao terceiro lugar nesta jornada. Ainda não convenceram na defesa do título. Mas o ano passado por esta altura, estavam ainda piores. O campeonato começou agora.

Os BMV c/ Laranja continuavam a somar pontos no 3º nível. Não estavam relaxados. Os grandes derrotados desta jornada, estão apostados em acabar pela primeira vez na sua história dentro dos 6 primeiros do campeonato. E com qualidade para o podium final.

Mas o bólide Mamédico ligou o turbo!

E até para o próximo mês!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Frikadaellos confessam-se antes da sua organização "Vai haver um exorcismo e faz-nos falta um mimo"

Seguindo a tradição do desenrasca, característica deste espaço, chegámos à fala com Luís "Ciências" (can)guru não assumido dos Frikadaellos, organizadores da jornada de amanhã. Gostávamos de dizer que recebemos insights interessantes sobre o que podemos esperar do jogo de amanhã, mas não louvamos a hipocrisia a esse ponto.




Entrevistador Turbulento (ET) - Este ano, que novidades apresenta o plantel Frikadaello e quais as vossas aspirações, depois de 2 épocas a acabar nos lugares que dão direito a organização?

Luís "Ciências" (L "C") - Após provados publicamente os talentos de dança, ingestão abusiva de alcool e o poder intrusivo dum sonoro ressonar, o panorama nacional das variedades irá decerto mudar, ao garantirmos as presenças dum funâmbulo de mentes e dum malabarista de factos para a trupe.


ET - Depois da época 2010 ter sido de glória para os Zbroing vocês, que inicialmente derivaram deles, estão a pensar seguir-lhes os passos ou isso é coisa que faz mal à saúde?

L "C"- Sempre. Nas ruas, nos restaurantes, nas vielas, haverá sempre um Frikaedello a seguir os passos de cada zuboing. O que me faz lembrar que nos falta um mimo na equipa. Se algum mimo estiver a ler estas linhas, responda via comentário, pf. Tu não, Sérgio.


ET - No seguimento da estreia do ano passado, o que aprenderam (assim como de outros jogos) para afinar a organização deste ano?

L "C" - Acho que bastante. mas a ver vamos, essa é que é essa, ai pois é é.


ET - Novidades, vai haver? Das boas ou é melhor levar o farnel e o cobertor?

L "C" - Vamos ter um exorcismo no fim do espectáculo. Esperamos que seja mesmo apenas um.


ET - Na vossa cabeça, o que vai ser mais difícil: traduzir o jogo todo para dinamarquês ou justificar 1 cascata sobre vikings, outra sobre o Odense e outra sobre petiscos da Gronelândia?

L "C" - Giro giro era uma cascata de silogismos a desmistificar algumas inverdades sobre a Dinamarca. Por ex.: Se tanto homens como mulheres partilham as caracteristicas genéticas dos seus pais e dado que os primeiros dinamarqueses eram uma manada de vikings mal encarados – como podemos qualificar a maioria das dinamarquesas?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

CHICKEN-EYE OU TEIMA???

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