segunda-feira, 20 de abril de 2009

CRÓNICA DE ABRIL

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GRIZZLIES Bobó!





À 4ª jornada, os Ursinhos Bobó festejaram a sua 4ª vitória e treparam para ramos mais altos, à procura do tão ambicionado “mel”. No final do 1º nível, quedavam-se em segundo ex-aequo com mais duas equipas. Ao 2º nível, saltam para o primeiro beneficiando da igualdade pontual com os Fónix, garantindo o podium, com uma diferença de 6 pontos para o 3º lugar (embora depois da jornada de Março, já nada está garantido!). E foi já no 3º nível que a escalada vitoriosa terminou, em que a única equipa a dar-lhe luta, durante a jornada inteira, foi a Ordem do Fónix. O quinteto, (desta vez sexteto em rotação), passou um mau bocado neste início de ano, passou outro mau bocado durante o quiz. Mas reuniram a “ursada” e estão de volta, sempre espalhafatosos, sempre polémicos, sempre… Ursinhos Bobó. Uma das grandes equipas deste campeonato! É para o podium este ano? Ou quem sabe para o título? Parabéns!

Organizem-se!

Este ano, as organizações têm sido em curva descendente, batendo muito fundo este mês. Não será surpresa para ninguém se eu também pautar pelo consenso geral e opinar que a deste mês ficou nos últimos lugares da tabela de sempre, pelo menos desde que assisto. Tive bastante pena, pois simpatizo à brava com os Feios, Porcos e Maus, uma das boas equipas deste campeonato, sem favor nenhum, e estava cheio de expectativa de como se iriam portar. Claro que há sempre quem goste, e ainda bem para eles. Que outros falem e digam do que gostaram.

Mas na minha opinião, a coisa correu mal. Desde a parte escrita. Esta prova devia ser de plena descontracção. Mas desta vez, não foi. Quem contou 4 pontos, após ouvir as respostas, não esperaria seguramente estar à frente da corrida. Esta foi a segunda prova escrita de sempre, mais parca em pontos. O que correu mal? Penso que qualquer uma das alíneas não era má. Foi o conjunto delas que impossibilitou alcançar melhor pontuação. As cabeças de guitarra não me chocaram. Mas estavam à espera que alguém soubesse as três? Para não falar das músicas. Mas isso é um mal geral de todos. Quando alguém está demasiado concentrado na parte escrita, não vai tentar identificar pormenorizadamente alguma parte “tricky” como foi o caso do Zuvi Zeva Novi. Aliás, ouvi com mais atenção a versão na Internet e confesso que achei quase impossível de a reconhecer, dado que a música era completamente diferente do original. Sempre achei excessivo dar um ponto para o reconhecimento de cada música, tendo em conta que não ouvimos nas melhores condições e não estamos concentrados nelas. Até achei interessante as perguntas pedidas às diferentes audições, forçando as pessoas a reconhecer coisas que são oblíquas à própria “canção”. Mas a escolha em si, não achei a melhor. Três pontos borda fora…

Passemos à cascata. Não houve equilíbrio, nem foi feito para nós. O que logo aí provocou a desistência de atenção por parte de metade da plateia. Também não houve temas, houve assuntos. E em perguntas seguidas, sem distribuição ou equilíbrio. Em alguns dos assuntos não se saia do mesmo parágrafo. Foi frustrante para quem não “o tinha lido”. Resultado: 3 rondas no 1º nível em que o máximo foi 4 directas. E no 2º nível, esse foi também o máximo mas para todas! Analisando friamente os números, foi isto que se passou. Logo, pergunta-se: Será bem isto que os FPM pretendiam? Será que o sub-título deste segmento, dito pelo Paulo a certa altura (já lá vamos), não fez afinal ricochete? E o desabafo do João, já no terceiro nível, em que agradeceu à última equipa em cascata, ter acertado na última pergunta da 1ª ronda no terceiro nível, não terá sido devido a quem se apercebeu que “isto correu mal mas olhem vamos seguir até ao fim porque já não há mais nada a fazer”. É claro que o Paulo levou com os nossos embrulhos todos. O sentimento de frustração apoderou-se de nós. E lá fomos reagindo, uns mais emocionalmente que outros. Mas é certo que a postura rígida dele, de quem não está habituado a lidar com estas feras, prestou-se um pouco a isso. Um ritmo lento, muitas cascatas, mais o barulho que obrigava a repetir as perguntas, mais perguntas de substituição e ainda dois desempates extra (a que eles até são alheios, note-se). Foi uma jornada longuíssima a acabar para lá das quatro da manhã. Os equívocos nos números das mesas até acho normal. Para mim, sempre foi um mistério como é que a maior parte das pessoas que apresenta, não se perde no número das mesas, sobretudo a partir do segundo nível! Talvez devessem ter rodado mais de “pivot”. Pessoalmente, gostei da postura descontraída do João Mestre, mas só surgiu ao terceiro nível. Se ele tivesse começado, talvez as coisas corressem melhor…

Falando agora um pouco dos critérios de "arbitragem". Dou uma no cravo, outra na ferradura.

Não vou dissecar o que se foi passando entre os Ursinhos e o apresentador, até porque estava bastante longe e não acompanhei a situação como deve ser. Espero poder ler tudo no "Quiz de cascata" (piscadela de olho, Luís!). É verdade que os Ursinhos podiam ter sido mais diplomáticos, mas por outro lado será que os critérios têm que ser assim tão rígidos que acabem por beneficiar quem não sabe a resposta? Quando a pergunta é automaticamente anulada, em efeito de "mola" pela restante mesa, ainda antes de se saber se a resposta está certa ou errada, não teria sido preferível por parte do apresentador dar uma segunda hipótese à mesa e perguntar qual a resposta definitiva? Eu sei que, não havendo nada escrito sobre estes casos, o critério da organização prevalece e devemos respeitar. Mas já vi em outras jornadas, critérios diferentes que as organizações adoptaram e sem prejuízo para as restantes. E quando é claramente uma gaffe por parte do porta-voz, acho que não se devia ser tão rígido. Veja-se o caso dos Indomáveis. Essa eu estava bastante perto e acompanhei como deve ser. Confesso que achei injusto que eles não tivessem levado os dois pontos pela troca do Rio Grande do Norte pelo Sul, beneficiando a mesa que se seguiu, não interessa qual. Não estou a defendê-los particularmente, mas aconteceu a eles, como aconteceu aos Ursinhos (penso eu que foi esse o caso), como podia ter acontecido a qualquer outra mesa. Afinal isto não é um concurso de TV. E com tanto ruído na sala, é complicado as pessoas falarem baixo e perceberem-se umas às outras. E a figura do porta-voz não deve ser estanque. Pode existir, mas em alguns casos, dá mais jeito responder quem sabe.

Este critério que foi adoptado pela organização pode ser discutido, discutível e até quem sabe, eles chegarem à conclusão que podem voltar atrás e optar por outra via. No entanto, também deve ser soberano e isto temos que aceitar. Nesse aspecto, recordar-me-ei sempre do Filipe Bravo, ainda membro dos Lagartixas, quando semelhante caso sucedeu aos Ambite, em Novembro de 2007, e que ele decidiu considerar a segunda resposta que os restantes membros da equipa corrigiram, no tal efeito de “mola” que referi, após a gaffe em que o incompetente do porta-voz (leia-se: eu!) percebeu mal o que os companheiros disseram. O que o Filipe respondeu, após a sua decisão ter acarretado alguns protestos foi: “Meus senhores, haja fair-play”. E não se falou mais disto, durante todo o quiz. Claro que após este incidente, os Ambite aboliram a figura de porta-voz (ou seja: Eu!)! E está tudo dito.

Que todas estas críticas duras, minhas e de outros, não sejam de molde a que os FPM saiam chateados destas coisas de organizar. Fizeram a sua estreia (é preciso que se diga), e estão connosco há pouco mais de um ano. Também não têm sido felizes em conseguir organizar um 5 mais ou menos titular, logo cada um vai ainda menos vezes que a soma das suas participações. Faço fé e votos para que analisem o que correu mal e o que poderão mudar para que corra bastante melhor para o ano. Sobretudo que não percam a sua identidade nas perguntas. Não foram todas más, nem nada que se pareça. Mas em algumas andávamos aos papéis, sem perceber o que se pedia. Outras eram bem humoradas, mas o desinteresse da plateia não produziu o feed-back desejado. E fiquei tristíssimo por ter estudado as condutoras de veículos pesados e não saiu nenhuma!
Sobretudo, notou-se falta de trabalho na preparação do cozinhado. Esta sim, verdadeiramente crua! (Tens razão, Filipe). De qualquer forma, não tenho dúvidas que estarão entre os onze primeiros no final do ano e sei que para o ano será bem melhor.

Prolongamento e desempate na marca das grandes penalidades!

A parte escrita viu os Frikadælløs e a Irmandade do Bordel, adiantar-se à demais concorrência, apesar de uns meros 4 pontos. Ao invés, Golfinhos e sobretudo os N.n.a.p.e.d. com uns felizmente ainda raros, zero pontos ficaram em estado de choque. Situação que não melhorou no 1º nível. Sobretudo aos Golfinhos. Foram uma de duas equipas a não ter uma directa e ainda viram duas perguntas, para eles, darem a volta à sala na mesma ronda. Não é inédito mas foi a segunda vez a suceder, que eu tenha assistido. Também os BMV c/ Laranja, depois da glória no mês passado, desceu ao inferno e passou completamente ao lado das directas. Valentejanus e a Liga dos Últimos completaram o ramalhete das equipas que ficaram abaixo de dez pontos, situação que também não sendo inédita, é tremendamente chata para quem vai jogar e apanha bonés. A sexta equipa a ficar eliminada saiu de um lote de três equipas empatadas no 9º lugar, a que se teve de recorrer a sistema de desempate. Esta sim, inédita com três equipas! Perderam os Lais da Carangueja na “negra” e viram acabar, de uma forma inglória, uma boa série de resultados no campeonato. Por causa da Tele-Culinária. Ou seria da Victoria?

Na frente seguiam os Fonix, logo seguido a 2 pontos de Cavaleiros, Ursinhos e Zbroing, todos bem empatadinhos. A Irmandade do Bordel, depois de duas rondas a zero, viria a recuperar terreno e ficava bem posicionada para a final. Os Indomáveis safaram-se, in extremis da eliminação nas duas últimas perguntas, eles que a meio pareciam ter desistido de jogar, e forçaram as três equipas já citadas ao desempate. Mais estava para vir.


Muitos nervos!


Num nível igualmente desnivelado, houve muitos nervos à mistura. Os Ursinhos perderam as estribeiras, os Indomáveis “bufaram” quando viram uma resposta ser entregue de bandeja à mesa do lado e até os Ambite não tiveram direito a segunda hipótese numa resposta, apesar de não ter sido o “porta-voz” a falar. Mas isso já lá vai. Estes últimos, em risco de não participar por não ter equipa titular, lá conseguiram o milagre de chegar a esta fase da jornada. Mais era impossível. Despediu-se com zero do segundo nível e aumenta uma crise devido, não tanto aos resultados, mas de titulares a não poderem comparecer por questões de vida pessoais. Melhores dias virão para os Ambite. Os 3 Espertalhos do Carinho, esses eternos titulares sem suplentes acabaram com uma série negra de primeiros níveis, mas mais não conseguiram. A Irmandade do Bordel desacelerou e viu-se ultrapassada por dois concorrentes. Era só mais uma directa…

Mas a única grande surpresa da jornada viria dos Fernandos Mamedes. Duas jornadas seguidas fora da final, já não sucedia desde Abril de… 2006! O ainda candidato nº1 ao título, não anda a ter a estrelinha dos campeões. Passaram ao lado do quiz como quase todos. Só que os favoritos estavam todos na final, como costuma acontecer nos quizes mais crípticos. E os Mamedes, não. E não me parece, que seja pelo mero não saber as perguntas. Cheira-me que deve ter havido imensas do "eu sei esta, mas não chega cá!" Tremenda falta de sorte! E realmente nunca conseguiu pôr o TGV a andar, nesta jornada. Balanço: Estão a 12 pontos do líder, ainda não ganharam este ano e já vão 6 jornadas sem vencer. Semelhante registo teve em 2007, mas numa das jornadas foram os organizadores, portanto a participação não conta. Já não têm mais margem para falhar, sob pena de entregar o título, mesmo considerando que ainda nem vamos a meio. Tremam todos, meus polegarzinhos! Quando o gigante acordar, calçará as botas de sete léguas!

Na frente, os Ursinhos encostavam aos Fonix, forçando-os a terem que fazer mais pontos que os primeiros para o nível final. Estas duas equipas foram os reis (ou as rainhas, melhor dizendo) do 2º nível e deixavam a concorrência praticamente fora da corrida, a menos que surgisse mais uma surpresa. Zbroings e Frikadælløs também não tiveram grandes sobressaltos, mas os Cavaleiros do Apocalipse arriscaram-se a ficar de fora. Valeu-lhes a situação, em que na última ronda só Ursinhos é que responderam mais que um ponto. A última vaga fechou com os Indomáveis a fazerem uma jornada de trás para a frente. Não deixaram fugir muito a concorrência e podem encarar a organização em Maio, um pouco mais aliviados.

Dz? Isso é o acrónimo que uso para agradecer em polaco!

Não há muito a dizer deste nível. Os Ursinhos tocaram a rebate e aceleraram para o topo da árvore, deixando os Fonix irremediavelmente para trás . Com tão poucos pontos a serem distribuídos, nem houve troca de posições.

Os Cavaleiros tiveram uma jornada que lhes passou ao lado, nos últimos níveis. Valeu-lhes o facto de ter passado ao lado de quase todos. Não lhes correu tão bem como Março, mas uma final conta sempre e vão em perseguição dos actuais lideres.

Os Frikadælløs vão na terceira final em quatro jornadas e já se pode dizer que são mais uma equipa com um registo de finais acima de 50%. Ganham experiência, têm um bom plantel e não falharam nos momentos decisivos. Podium há-de vir já a seguir.

Os Zbroing 747 põem termo a uma fase menos feliz, arrancando o segundo podium do ano. Tem um 5 temível… quando estão todos disponíveis. Ainda irão a tempo do título? Sempre a ter em conta no futuro. Apesar da fotografia final!... (com o óbvio consentimento deles)

A Ordem do Fonix são os que mais lucraram com esta jornada. Perderam gaz nos momentos finais, mas distanciaram-se bastante dos seus adversários mais directos. Demonstraram que são, para já a mais regular deste ano, com o pleno de finais e três podiuns. É curioso notar que nas organizações em que falharam o ano passado, desta vez passaram incólumes. Ou será uma questão das férias em Agosto? Não sei. Mas, salvo erro, apresentaram sempre o mesmo 5 este ano, o que denota estabilidade. Estão de boa saúde e são, por enquanto o mais forte candidato a destronar os Mamedes.


Mas a noite foi de Grizzlies!














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domingo, 19 de abril de 2009

sábado, 4 de abril de 2009

PERFIL - FEIOS, PORCOS E MAUS

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Tudo o que você queria saber sobre os FPM*
* ... e mais algumas que dispensávamos!




São feios? Pois,...talvez...não sei
São porcos? Da última vez que fiquei ao pé deles, não me cheirou nada.
São maus? Ah! Isso sim! Já roubaram pontos a muito boa gente!
Mas são sobretudo bem dispostos como a entrevista abaixo o demonstra. Falsamente alheados, como se ir à Ajuda nem fosse nada com eles, demonstram a sua simpatia a quem deles se aproxima.

E sim! Os receios são infundados. Eles sabem que têm que organizar um quiz para dia 17!

Várias vezes finalistas, esta equipa que entrou no início de 2008, tem um registo impressionante de mais de 50% de finais nas suas participações, algo que só mais cinco equipas se podem gabar. São os "Feios, Porcos e Maus", título em homenagem singela ao filme do mesmo nome... ou não?

Vamos conhecê-los pela tecla do João Mestre:


Quem são os FPM?
João, Paulo, outro Paulo, Ricardo, Baptista e Fernando. Trabalhamos juntos há uns tempos. Primeiro no alterne, depois na estiva, depois a apanhar morangos na Dinamarca. Agora (sempre juntos) trabalhamos numa editora. Estamos a tentar convencer o patrão a fazer uns suplementos especiais sobre Quizes no sudeste asiático, mas ele não vai na cantiga. Diz que não há mercado para isso. Ah, já me esquecia! E contamos (quando a maré o traz) com a ajuda de um suplente de luxo, o Élcio, um tipo que sabe à brava das coisas mais estranhas que se possa imaginar.


Algum culto especial pelo filme?
Não, de todo. Somos mesmo muito feios (há um mais feio que os outros), muito porcos (há um, não o mais feio, que é mais javardolas que os outros) e muito maus a responder a perguntas de ciências. E de aviação também…


Há quanto tempo jogam quizes?
Se contarmos com os serões em família, a ver o “Casa Cheia” (o original, com o Fernando Pereira), já vem de longe… Se não contarmos com isso, começou em Janeiro de 2008 (vem de não-tão-longe, portanto).


Como souberam do campeonato de cascata?
Já não me lembro bem se foi uma voz que, em sonhos, me disse «passa pelo largo, ao fundo da R. de Dom Vasco, entra na Academia Recreativa da Ajuda, à terceira 6ª feira de cada mês, e regozija-te com magnânimes jorros de conhecimento»; ou se foi o Zé Guilherme (da Ordem do Fónix) que falou nisso.


Qual a vossa opinião sobre o campeonato?

Ora… é frustrante sempre que nos calha uma pergunta sobre biologia, química, física, informática, matemática e outras coisas científicas, de um modo geral… Somos umas nódoas na matéria (é no que dá equipas só com gente de Humanidades) – se bem que acertámos na pergunta sobre a moscovite, há coisa de 4-5 meses. Sugerimos apenas que se evite perguntas que podem ter várias respostas correctas, uma vez que a regra do “o que está no cartão é que conta” é lixada. Ou também está implícita no regulamento (que ainda não lemos) uma componente de adivinhação?


E da vossa prestação, que balanço fazem?
Brilhante. Perfeita. Magnânime. De vez em quando falhamos de propósito para dar oportunidade aos outros. Na versão verdadeira desta resposta… Para quem não sabe um boi de ciências, até nos temos safado bem… se exceptuarmos as jornadas em que nos esquecemos de ir ao quiz…


O que vos falta para ganhar (ou pelo menos um podium)?
Antes de mais, que os nossos concorrentes percam. Também ajudava se houvesse uma edição inteirinha dedicada a bandas de Seattle dos anos 90, pratos regionais da Beira Alta, capitais da União Europeia ou modelos suecas. E falta-nos saber bastante mais de catequese, mitologia suméria, rituais de acasalamento de sardinhas nos rios do Bangladesh, fórmulas químicas utilizadas antes da tabela periódica e literatura balcânica dos séculos III a.c e XVI d.c.. Mas essencialmente o que nos falta para chegar ao pódio - e, quem sabe, ganhar - é beber menos Minis durante o quiz. Mas disso não abdicamos.


Têm gritos de guerra, frases recorrentes, private jokes?
Todas as sextas em que há quiz reunimo-nos às 20h, jantamos corvina cozida e recapitulamos momentos épicos como quando sabíamos respostas que mais ninguém sabia (aconteceu uma ou duas vezes, mas isso deixa-nos muito felizes). Além disso, viramos os boxers do avesso de cada vez que vamos jogar. E já dois jogadores foram sem boxers porque não sabiam qual era o lado correcto. Temos sempre um grito de guerra, mas é em surdina, por isso não sabemos se pode ser considerado grito. Costumamos dizer todos ao mesmo tempo: "Há aqui malta que não tem vida social e sabe as coisas mais impressionantes e inúteis do mundo, não é?" Por vezes também gritamos “Prà Ajuda, sem ajuda”. E a frase recorrente é “Venham mais seis” (minis, obviamente). E inventámos uma mímica que nos permite comunicar em silêncio, sem dar dicas a eventuais espiões de outras equipas.


Como vai a organização do vosso quiz?
A organização vai de vento em popa. Vamos ter muitas perguntas sobre ciências, muitas perguntas sobre o Antigo Testamento, muitas perguntas sobre condutores de energia... e muitas perguntas sobre condutoras de veículos pesados com pouca roupa. Andámos a recolher bastante informação, escolhemos um tema especial e os do costume. Não vamos fazer perguntas sobre helicópteros da FA portuguesa, anjos, arcanjos, discípulos e dogmas da igreja católica. Também não vamos fazer nenhuma pergunta sobre a crise do sub-prime. Só se nos apetecer.



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