terça-feira, 19 de abril de 2011

Crónica da Jornada do mês de Abril

A jornada de Abril chegou-nos com a chancela dos Zbroing, campeões em título, a atravessar uma espécie de crise de resultados. Mas, antes do jogo em si, foi-nos dada a conhecer uma sala de quiz com um novo look, inspiração Biggest Loser, a estimular o exercício do corpo, para além da mente e do levantamento do copo e da bifana.

Da minha parte, conforme solicitação de Johnny Ex- Bigodes, não vejo inconveniente em que se continue a jogar naquele espaço, tirando uma ou outra condição – Deve haver também um plano de exercícios em cada mesa, para facilitar a rentabilização dos intervalos, e a C.O. deveria instituir um plano de penalizações a cumprir nas máquinas, quer para organizadores, quer para jogadores que não sigam a conduta devida.

Mas, com uma sala cheia e tudo a postos, vamos ao jogo.



Então, segue em frente, corta à direita e a parte escrita fica ali para esses lados




Como os próprios já admitiram, não houve da parte dos Zbroing tanto tempo para preparar este jogo como desejariam e isso notou-se um pouco na parte escrita, onde o cinema teve também alguma preponderância. A ideia da utilização de vídeo não me choca, até porque raras são as equipas onde todos estarão a fazer as mesmas perguntas ao mesmo tempo, sem poderem dispensar alguns segundos e os mapas acabam por ter a sua piada, embora talvez reduzisse o número de mapas apresentados para simplificar a coisa.

Mas, em termos de dificuldade (critério das 10 perguntas = 1 ponto cada à parte) a prova escrita foi aquilo que deve ser, um aquecimento. Apenas 6 equipas ficaram abaixo dos 5 pontos (3 delas com 4) e voltou a destacar-se uma nota 10, para uns Mamedes apostados em partir bem, logo seguidos dos Outsiders com 9 pontos.



O Tolstoi, o Marley, eu e uma malta conhecida lá da Ajuda



Antes das onze e meia arrancou o nível um e arrancou a bom ritmo. A condução dos Zbroing é francamente eficaz, coisa que lhes vem sendo característica, permitindo que, goste-se ou não das perguntas/temas/diabo a quatro, nunca se fique com aquela ideia do jogo pastelão, que encrava, se arrasta e não ajuda a esta maratona, antes pelo contrário.

Em termos de dificuldade, percebeu-se que, fruto do menor tempo para o apurar e também de uma orientação global do jogo nesse sentido, ia ser um jogo acessível. Nessa decisão, nada a apontar, mas quando o jogo é mais fácil, a estruturação da dificuldade / distribuição temática entre equipas torna-se mais importante, para evitar desníveis. E aí foi onde verifiquei algumas falhas, como exemplo dou o caso de, embora de temas diferentes, a minha equipa ter duas perguntas sobre presidentes ou, salvo erro, a equipa que respondeu a uma questão sobre gastrópodes, também respondeu a outra sobre outro “ópode” qualquer, no mesmo nível.

Não caindo na demagogia de dizer que o jogo foi só actualidades, que só deu cinema e futebol, etc, notou-se aqui e ali o natural refúgio em áreas que são mais fáceis para espremer umas perguntas, quando se tem menos tempo. Lasca-se um pouco a qualidadede, mas este não deixa de poder vir a ser um bom jogo.

Saúde-se ainda a tradução livre de “Voina i Mir”, que nos deu a saber que Tolstoi pode ter sido um verdadeiro dog-lover, coisa que desconhecíamos.

Universus&Frigorificus e Duracell caíram neste nível, depois de nunca terem chegado bem a fazer o check in no jogo dos Zbroing, assim como a Unidade101. Já Frikadellos, NNAPED e Golfinhos, ficaram de fora por uma unha feia, porca e má, já que o desempate lhes negou a seguida em frente.

Na liderança, Mamedes continuavam a cavalgada inicial, seguidos apropriadamente por uns Ex-Cavaleiros a bom ritmo, com a Ordem do Fónix e os Folie à espreita.



Padrinho, dê-me lá uma ajudinha.



No segundo nível, a dificuldade aumentou ligeiramente, mas o jogo continou em larga margem acessível. Aliás, a toada do primeiro nível manteve-se, quer em termos da boa condução, quer do tipo de jogo, agradável e com ritmo (apenas cinco perguntas deram a volta à sala, duas delas a recair nos Fónix), mas com as ligeiras imprecisões que já apontei e uma ou outra derivação do jogo feito com menos tempo, como se verifica em questões mais dúbias que se podem evitar com uma verificação mais cuidada.

No entanto, o equilíbrio foi-se mantendo e eram os Espertalhos, com uma segunda parte em grande plano (18 pontos neste nível) que saltavam agora para a liderança, seguidos por uns Mamedes em ligeiro abrandamento e uns Ex-Cavaleiros que viam Avô Fernando a facturar em grande estilo, fruto talvez do alinhamento de Saturno na 5ª casa do FMI.

Lais, em bom momento de forma vinham logo em seguida, com mais uma chegada ao sprint para fechar o lote de finalistas, que contemplou os históricos Ursinho e BMV c/ Laranja, em detrimento de uns Fónix que fizeram uma travessia no deserto no segundo nível (apenas 3 pontos, salvo erro) e que se viram assim afastados da final pela segunda vez. Também os Folie perderam muito balanço neste nível, não dando assim continuidade a uma boa jornada de Março, ficando pelo caminho juntamente com Outsiders e Feios Porcos e Maus, que já não tiveram forças para recuperar o atraso da primeira parte.

A prova do equilíbrio é que, do décimo ao quarto lugar, a diferença foi de três pontos.



Quem chegar primeiro à praia, ganha




Na final, basicamente estávamos divididos em três grupos – um deles na luta pela vitória na jornada, outro pela definição dos restantes três lugares e finalmente, um último dedicado a comer bifanas sem pagar, à conta de Johnny Ex-Bigodes.

No segundo grupo, os BMV tiveram uma boa prestação, mas encalharam no final do segundo nível, pois não somaram pontos e, sendo assim, ficava difícil de ir além do sexto lugar. Os Lais, para além de serem uma das únicas três equipas com pelo menos três finais (a par de Mamedes e Espertalhos), usaram o seu quinto lugar para fechar a classificação geral no terceiro lugar da tabela e mostram que têm equipa para, pelo menos, lutar pela final todas as jornadas. Já os Ursinho, continuam uma boa recuperação após um início de época menos auspicioso e começaram a voltar a lugares que lhes são mais comuns.

A luta pela vitória e definição do pódio foi renhida até à última cascata, com troca de liderança entre Mamedes e Espertalhos, com os Ex-Cavaleiros sempre à espreita. Acabaram por ser os “papões” desta época a sair com a vitória, por um ponto, fazendo as directas a diferença, com 3-2 a fazer a diferença para os actuais líderes, havendo empate nas cascatas. Para além do amargo de boca para os Espertalhos, a boa prestação dos comandados por Johnny Ex-B, obrigou-os a suar do bigode para manterem o segundo lugar, coisa que só conseguiram quase ao soar do gong.

O terceiro nível foi novamente acessível, com apenas 30% das perguntas a darem a volta e nenhuma equipa a ter mais do que três perguntas desse género. Em termos gerais, pode dizer-se que foi talvez o melhor nível do jogo, com uma ou outra pergunta talvez de nível 2+ pelo meio, mas essa é também uma prerrogativa de quem organiza.


Em jeito de conclusão, talvez não tenha sido o melhor jogo dos Zbroing, que por norma têm a máquina mais bem oleada em termos de acertos de dificuldade, distribuição temática e até alguma riqueza de temas. Mas, até ver, também não me parece difícil considerar que, para mim, até ao momento foi o melhor jogo deste campeonato algo que não tem nada a ver com ser um jogo perfeito ou sem falhas.

Tem a ver com a conjugação entre factores como diversão, fluidez, condução de jogo e, obviamente o jogo em si. Podemos não gostar dos temas, criticar algumas escolhas e isso é normal em qualquer registo treinador de bancada / comentador anónimo. Mas, no fim do jogo, pela média de reacções da sala, por norma tem-se uma noção daquilo a que se assistiu, mesmo que estejamos sentados na mesa do organizador.

Nota: Tendo tido oportunidade de ler com mais detalhe a caixa de comentários do post anterior, se um dos prezados anónimos que reclama da mediocridade do jogo deste mês me der a indicação de um jogo anterior a este que ache que foi enxovalhado indignamente, posso tentar fazer um comparativo mais real, em vez de me basear em teorias da conspiração.

9 comentários:

  1. Bom, vamos lá mandar agora uns bitaites.

    Francamente gostei, achei um bom quiz. Melhor que o do ano passado. Prova escrita com poucas perguntas mas curiosamente mais variada em relação ao universo Zbroinguiano no que à escrita diz respeito. Talvez os cartazes dos filmes do Almodovar pudessem ser mais acessíveis. Muito pouca gente conhece a filmografia inteira dele (ou de qualquer outro realizador diga-se de passagem).

    A organização de 2009, para mim mantém um padrão de excelência (vide crónica de Setembro 2009). Foi para mim, um dos melhores de sempre.

    Mas a deste ano, ficou perto. Afinou-se alguns pormenores tais como... os filmes. Três épocas diferentes para todos os gostos. Foram pensados para serem identificados à primeira olhadela. E esta, foi a grande mais-valia que ainda ninguém conseguiu. De resto, se há tecnologia para vermos as perguntas, em vez de pedir para repetir, não vejo porque não haja imagens (neste caso, filmes) para se identificar também. Mas é preciso cuidado...

    Um desafio a lançar às restantes equipas organizadoras (sobretudo aos Espertalhos que têm um "Midas touch" em organizar): Se agora é possível pôr fotografias ou pedaços de imagens de vídeo durante a cascata, que tal fazer isso? E consequentemente, como reformular a ideia da parte escrita?

    Quanto ao resto, não houve excesso de nada. Houve um pouco de quase todos os temas; um bocado mais de uns poucos. Eu sou um acérrimo detractor de actualidades (em excesso, claro), mas neste mês, não dei por elas.

    Outro ponto a favor dos Zbroing este ano, para mim, foi a quantidade de perguntas respondidas. Foi também o mais distribuído por todas as equipas em todos os níveis. Analisando friamente as tabelas dos anteriores.

    E finalmente começa a haver uma tendência para haver jogo até ao 3º nível, fazendo com que este último tenha um nível entre dois e meio e três e meio, e não o habitual nível quatro na melhor das hipóteses.

    Reitero que o meu quiz favorito deste ano, ainda é dos Frikadaellos. Não tanto pela condução, pois nisso os Zbroing foram e são exemplares, mas pela diversidade dos temas que nos propuseram a jogo. Mas o dos Zbroing, obviamente também está no mesmo plano de qualidade.

    Para acabar, qualquer anónimo tem direito a mandar farpas, bitaites, brincadeiras, disparates inofensivos e outros quejandos, tem direito a responder à letra a qualquer comentário mais azedo (ou como diz o FB: bilioso), tudo isto sem assinar ou pseudo-assinar.

    Choca-me mais que não assine quando toma a palavra de forma autoritária, prepotente como se a sua opinião fosse a verdade e não houvesse mais nenhuma.

    Choca-me também que se desate a falar em "tostões" sobre uma equipa que ganhou quatro vezes seguidas, quando nos dois campeonatos anteriores ganhou no total 3 jornadas em 20. E para além disso, quando os Espertalhos ganharam quatro vezes seguidas em 2009 e os Zbroing fizeram o mesmo em 2010, recordo-me dos enormes elogios (justamente devidos) que eles levaram, mas não recordo de alguém reclamar os "tostões" que eles ganharam nessa altura. Eles foram diferentes em quê?

    Há sempre uma saída para tudo. Que tal os anónimos cheios de verdades absolutas e opiniões inatacáveis deixarem de jogar?
    Assim já não é preciso contribuir com 5 euros às mesmas equipas que ganham! Já pensaram nisso? E já agora, ( e porque não?!!) deixar de pagar à Academia que nos aluga o espaço, que disponibiliza comes e bebes a um preço fantástico, e que fez tudo para arrumar devidamente o espaço dentro do possível, para que nós pudéssemos ter um mínimo de condições para jogar (o que da minha parte, não tenho NADA a reclamar sobre isso).

    Isso é que era! Castigar as equipas que ganham "tostões" e também a Academia por não ter o exclusivo das nossas noites! Toma! 2 em 1!

    Eh, pá! Mas e se esses anónimos ganharem? Reclama-se com quem? Zut, não pensámos nessa...

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  2. Ganda Miguel, lírico...
    Achas que o azedo/bilioso (que todos-nós-sabemos-quem-é) alguma vez vai ganhar alguma coisa? Nem juízo!

    FB
    ps: nem vergonha

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  3. Sergei Kostov20/4/11 10:37

    Qual Midas Touch Miguel?
    Vamos ver o que vai da loja, mas até agora só temos projectada a ideia do Rogério de fazer um desafio de penalties de Pro Evolution em vez de Chickeneyes.

    Além disso, como o dinheiro de 2009 já lá vai há muito, estamos a pensar organizar uma cascata com rifas, para sortear pontos...

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  4. Todos os jogos até agora não valeram nada.
    Não se aproveitou nenhum jogo, e este não foi excepção.
    Todos os organizadores, até agora, estiveram entre o suficiente menos e o mediocre.
    Não entendo o vosso critério de classificação em relação às equipas organizadoras, se isto para vocês é bom, nem quero fazer ideia o que seja péssimo.

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  5. Sergei Kostov20/4/11 15:47

    Por outro lado, sabendo já o que é medíocre e suficiente menos para o caro anónimo, porque não avançar com o esquema do jogo bom, mas assim mesmo bom a valer, no seu entender.

    Caso seja organizador, possivelmente falará a partir da sua experiência pessoal e isso ajuda sempre em termos de referências. Caso nunca tenha organizado, um toque de idealismo sempre pode ter alguma frescura...

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  6. Não é preciso ter organizado, para se saber o que é bom ou menos bom.
    Ou só conta o saber de experiência feito?
    Nunca organizei um quiz, mas isso não é condição para ficar inapto de os classifica.
    Eu classifico de mediocres ou suficiente menos, os quiz jogados até agora este ano.
    Estiveram muito longe do que se pode esperar de uma noite de sexta-feira bem passada.

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  7. Sergei Kostov20/4/11 18:36

    Claro que é possível ter opinião sem ter organizado um jogo, isso não está em causa.
    (já ter uma noção do que é organizar um jogo que agrade a gregos, troianos, espartanos e mais uns quantos, isso já é outra coisa).

    Mas, dado o critério de qualidade e exigência que observo, devo presumir que também há uma opinião do que é, na essência, um quiz com classificação, vá lá, de bom.

    Senão, é como ir ao restaurante e só saber o que não se gosta na ementa. Complica um bocado as coisas...

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  8. Credo, isto é assustador.
    O Sérgio em diálogo com ele próprio.
    Tipo Norman Bates e a mãe, no Psico.
    Ou pior.
    Redrum Redrum.

    FB

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  9. Sostov Kergei2/5/11 16:15

    Eu bem lhe disse para arranjar um pseudónimo melhorzito que "Anónimo", mas o gajo não me dá ouvidos...

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