sexta-feira, 15 de abril de 2011

Entrevista Zbroing, organizadores da jornada de Abril

Foi em cima da hora mas, graças aos préstimos de uma coruja amestrada, de uma garrafa de mezcal e das dicas de uma e-vidente congolesa, lá se tornou viável a entrevista com um colectivo a que alguns também chamam de Zbroing.


Entrevistador Trepidante (ET) - Os festejos do título de 2010 começaram em Novembro para os Zbroing. Olhando para a classificação deste ano, pode dizer-se que ainda têm andado ocupados a festejar?

Zbroings (Z) - É isso mesmo. Paris é uma festa mas a Ajuda não fica atrás. O fantasma do Hemingway (com a cara toda esfacelada, coitado) por vezes aparece-nos a meio das noitadas, dizendo-se arrependido por não ter preterido aquele monte de coquetes e chauvinistas com que andou embrulhado pela nossa tão arejada elegante companhia. Quanto já está com os copos, o velho Ernest até se põe a dizer que só a Boa Hora pede meças a qualquer capital europeia em termos de esbórnia da séria, regabofe bem guizado e bacanália variada.Bom, isto para dizer que os Zbroing serão os Zbroing. Somos pacifistas de gabarito. Não lutamos por coisa nenhuma. Nem por vitórias. Se elas acontecem, é porque são elas que vêm ter connosco. Umas oferecidas.


Fantasma de Hemingway celebra com um Zbroing, depois de uma noite bem passada na Caçada, sita na Rua da Bica, Ajuda.


ET - Tendo em conta um início de época menos conseguido, quais são as causas possíveis: confiança excessiva numa supremacia absoluta? Os jogos indigestos? Alguém vos tem posto alguma coisa nas bebidas? Todas as anteriores?

Z - É o Boavista de 2001 que nos inspira. O plano de ganhar o campeonato à porrada foi conseguido e, posto isto, planeamos desaparecer sem dignidade por essas divisões abaixo, até ao momento em que dos zbroing só reste uma equipa que jogue Trivial Pursuit com os sobrinhos pré-adolescentes em vésperas de Natal. Quanto a causas, enfim, não fazemos ideia do que está a correr mal este ano, o que não nos preocupa nem por um segundo, dado que não saberíamos o que fazer mesmo que os problemas estivessem devidamente identificados. Preferimos atribuir culpas a terceiros do que encontrar causas. Este blogue, por exemplo é um dos grandes responsáveis pela nossa queda. Permitam-me que não vos explique.

Nota do Blog: Este blog não nega responsabilidades. Também não nega o número de telefone da Alexandra Solnado a ninguém. Nem sequer a um Zbroing.


ET - A época ainda é curta mas, na vossa opinião, qual o ponto alto e o ponto baixo do campeonato?



Z - Os pontos altos deste e doutros campeonatos serei sempre eu e o Filipe Bravo (bom, o Rogério, vá - quanto é que medes, já que falamos nisto?). Aliás, é enternecedora a patética média de alturas do campeonato de cascata (pelas minhas contas a olho deve andar pelos 1,72m), mas não é necessário que ninguém se mate à conta desta informação. Não há pontos, golpes ou países baixos que os Zbroing queiram apontar até aqui, está tudo bem connosco. O ponto mais baixo ainda está para vir e será, de certeza absoluta, protagonizado por nós, era o que faltava.

Nota do Blog: O "eu" refere-se ao jovem que ocasionalmente serve como farol de minis entre Zbroings. O Rogério não preencheu os censos, mas na prática só será maior que eu quando coloca os seus tacões para dançar flamenco.


ET - Vão por temas, usam granadas de fragmentação temática ou ainda não perceberam muito bem sobre o que é que trata o vosso jogo?

Z - Para começar, é preciso dizer que nós vamos por vários caminhos, e estes raramente nos levam onde queríamos. Nem sequer nos põe a todos no mesmo sítio à mesma hora. Graças ao Skype, Gmail e outros predadores, este quiz foi feito entre a Irlanda, São Francisco, Luanda, o Jardim Zoológico e um bunker de Carnaxide. Com tanta chatice que esta distribuição geográfica já nos dá, ainda querem que tenhamos tempo para granadas de fragmentação? Aqui o método é fazer perguntas, metê-las num doc do google e depois traz-se cerveja e luta-se com facas para ver quais ficam e quais saem. No final, alguém chora...


ET - Em relação ao jogo de 6ª, tecnologia de ponta, a matriz que já vos ajudou tantas vezes ou vão inovar com alguns apontamentos organizativos épicos?

Z - Se temos uma meretriz que nos ajuda tantas vezes isso é assunto da nossa conta, até porque pagamos a horas, damos cama e roupa lavada e até estamos a ver se a inscrevemos na segurança social. Não vejo porque é que é preciso vir falar destas coisas em público. E se querem organizações épicas vão à ópera, porque daqui só podemos prometer um estado de embriaguez lendário, o que é um bocadinho abaixo do épico. A novidade organizativa é que vamos pôr um gajo a anunciar perguntas ao microfone e toda a sala vai perceber o que é que se está a perguntar...(esperemos)




ET - O FMI vai rever as contas do vosso quiz e aplicar algumas medidas de contingência ou conseguiram negociar uma isenção?

Z - Neste momento a discussão com o FMI encontram-se num nível técnico.Ainda não houve acordo sobre o vinho a pedir (FMI insiste no tinto, nos so queremos cheio) e não sabemos se o whisky será velho ou novo. De todas as formas, há já bastantes medidas de contingência em preparação, nomeadamente a parte escrita foi reduzida a 4 folhas A5 a preto e branco impressas em papel usado, as projecções serão de apenas 15 segundos para poupar energia e vamos reduzir a leitura das perguntas em 10%.

ET - Há alguma pergunta que eu vos possa responder?

Z - Sim, sabes quanto é que mede o Rogério?

Nota do Blog: Sei. Tem sensivelmente a mesma altura que eu, que sou sensível em relação à minha altura.

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