Finalmente a vitória!
Tardou, mas não faltou.
Num dos quizes mais imprevisíveis quanto ao desfecho, os Fernandos Mamedes estiveram sempre na linha da frente e, como uns verdadeiros campeões, agarraram uma vitória que, diga-se a verdade, podia ter pingado para qualquer lado. Uma corrida sempre a controlar, a estrelinha brilhou alto. Diminuíram a desvantagem para os lideres e ainda saltaram para o 2º da geral. Em boa hora (ou na Ajuda), dado que vão ser os próximos a organizarem.
Estão de volta. Parabéns!
Outras equipas também mereceram grande destaque, mas neste segmento vou falar apenas dos Feios, Porcos e Maus. Mais do que a prestação valorosa, é o primeiro podium! E logo o segundo lugar. Temos candidato no futuro. Numa jornada que parecia talhada para eles, não enjeitaram a hipótese da vitória e perseguiram-na com muito boa disposição. Faltou-lhes o endurance da parte final. E fica célebre a frase proferida, ao jeito da Hermínia Silva: "Oh Baptista!" São, de momento os mais fortes candidatos a estrearem-se numa vitória.
Não me vou alongar muito na análise à organização. Em primeiro lugar, porque nem queria falar dela, tendo delegado para outrem. Mas decido fazê-la porque gostava de realçar um aspecto mais importante do que a forma como decorreu a jornada. E essa é a segunda razão. Mas já lá vamos.
A organização dos Indomáveis, SAD foi fraca. Claro que sou mais exigente a quem já o faz pela terceira vez. Mas começo a ter medo do signo do "3". Isto é, quando a estreia é boa, a tendência é para ir piorando até à 3ª organização. Os Indomáveis não fugiram a esta regra, que começa já a ser uma maldição.
Pelo que me apercebi, os Indomáveis têm dois temas essenciais nos seus quizes. A actualidade e o Ténis. Muitos de nós já sabiam, portanto nem vejo porque reclamar com estes temas. Todos têm as suas impressões digitais e quem joga tem que se adaptar a isso.
Mas houve um exagero tão grande pelas actualidades que muitas perguntas caíram na categoria da curiosidade. Coisas que daqui a um mês, ninguém se lembra. E as perguntas de números do género "euromilhões" são sempre frustrantes.
Mas talvez o pior de tudo, foi a confusão que se gerou por causa dos pontos. Pergunto sem malícia: Não podiam ter pedido a mais uma pessoa para ter vindo? As pessoas são como são, mas se há uma natural pré-disposição para fazer confusão com números... uma mais organizada teria dado jeito.
Enfim.
Já que se irá falar muito dos aspectos negativos deste quiz, decido falar de alguns (poucos) positivos. Bem-vinda sejas pelo teu regresso, oh Literatura! Desde a erudita Marguerite Yourcenar até ao comercial Paul Auster, foram poucas mas foram boas. Uma ronda de música, como diz uma amiga minha, faz sempre "imensa toilette". E já andava arredada desde o ano passado. Ciências, nem vê-las. Ainda bem porque meter foice em seara alheia... é preferível assim.
E ainda a rapidez com que a jornada decorreu. Marco V. e Pedro K. foram rápidos e eficazes a lidar com a apresentação. Pode ter começado tarde, mas acabou antes das três da manhã. Óptimo! Isto chama-se experiência. Mais aspectos positivos terá havido. Que se fale também disso.
E agora? O que se passa com este campeonato?
Um conjunto infeliz de circunstâncias, alimentadas a gasolina por muitos comentários.
Será que está a haver desinteresse e desmotivação?
Vou falar por mim. Não tenho e nunca tive falta de interesse por ele. Embora esteja um pouco desmotivado. Mas é sobretudo pelo momento menos bom que a minha equipa atravessa.
Este campeonato é fantástico! Acreditem. É único no género. É bem pensado e estruturalmente bem oleado. Temos um espaço que nos é alugado e que nunca deu problema. Um sistema de pontuação pensado. Blogues que vão dando o mais importante, que são as classificações, datas e organizadores. Temos emoção e suspense. Os grandes craques, os outsiders, os que participam pelo gozo. Luta pelos melhores lugares, e não falo só do podium.
É toda uma estrutura que funciona.
Sim, há picardias. Qual é o campeonato em que as equipas não se picam umas às outras? Quem não quer entrar nas confusões, também pode tirar gozo disto. Basta alhearem-se.
Agora, isto não é um quiz semanal. É um campeonato! Há competitividade e tem que haver. Não é só umas dezenas de pessoas que vêm cá para se divertir, porque para isso estou melhor noutro sítio qualquer. E os próprios quizes semanais, já têm essa função. Lá, o convívio ganha outra dimensão. Aqui não há tempo para isso. O que aconteceria num jogo de qualquer modalidade, se de repente os jogadores a meio do jogo começassem a perguntar pela família? Por favor! Isto não é um convívio de Pichonére (está mal escrito de propósito). Há equipas que levam isto demasiado a sério, dizem alguns? Deixem-lhes. Há uma vida lá fora, realmente. Mas também há uma vida cá dentro. E há quem vibre com a nossa Liga dos Campeões. Porque o seu ser assim foi talhado. Não têm esse direito?
Agora, onde é que isto está a falhar?
As organizações talvez. Têm tido muitos problemas este ano. A falta de tempo tem sido uma justificação. Com tantas faltas de tempo, temos que começar a admitir que é esse o grão da engrenagem e que tem sido o ponto de partida para muita confusão. Como vamos lidar com isto? Reduzir o número de perguntas? Porque isso pode melhorar a performance da organização, subindo de fraco para regular. Organizações conjuntas? Há 18 equipas. Porque não dar trabalho a todas para o ano? Dois níveis em vez de três? Ou níveis bi-partidos.
Tantas hipóteses que pode haver. Mas que todos em conjunto pensemos e criemos a melhor forma de melhorar o campeonato.
Eu adoro este campeonato e muito me custaria vê-lo acabar por inércia.
O que a parte escrita desequilibrou, o 1º nível equilibrou. Os Feios, Porcos e Maus tomaram a dianteira na escrita, mas quem estava atrasado, não se sentiu logo de fora. Foi um jogo de sorte, em que ninguém se viu muito confortável. Com os Valentejanus a faltarem, os dois afundanços vieram das equipas mais defalcadas neste mês. Os Espertalhos do Carinho à espera de melhores dias e sobretudo os Ursinhos Bobó! Que maldição esta para as equipas que fazem jornadas brilhantes num mês? Seguiram os passos de outras equipas que após uma jornada gloriosa, mergulham às profundezas. Realce-se a situação inédita de que nunca os Ursinhos se ficaram pelo 1º nível. O que atesta a grande competitividade das equipas este ano.
As grandes palmas da noite foram para a Simone de Oliveira. Eira de milho, luar de Agosto!...
Na frente, Mamedes e Zbroings, com Mamedes a ganharem a ronda. Mas a baralhação era tanta, que quatro pontos entre o 1º e 10º, dizia que tudo era possível.
AAAAAAAAAAAAAAH!
Voltando atrás, tudo foi de tal forma possível que a grande surpresa desta jornada, pela forma como aconteceu, foram os Zbroing 747. De semi-líderes (perdiam no desempate) após o 1º nível, saíram fora da final, na sua maior queda de sempre (ou pelo menos de há muito tempo). Os bólides a precisarem urgentemente de estabilidade.
Outra surpresa foram os Cavaleiros do Apocalipse. Qualquer coisa não anda a correr bem nestas últimas jornadas. Talvez faltou uma pontinha de sorte. Desta vez, nunca conseguiram minimizar os estragos, e estiveram sempre na fronteira da final sem a alcançar.
A Liga dos Últimos aproveitou bem a embrulhada no 1º nível para somar mais dois pontos merecidos, mas não se entendeu com o 2º nível.
Quanto aos Ambite, após salvarem-se in extremis graças à ronda musical, também andou aos papeis nesta ronda e valem-se do terceiro 2º nível consecutivo para não estarem em piores lençois no campeonato. Mas ainda não atiraram a toalha ao chão, no que à Taça Uefa diz respeito.
Esta ronda viu os Fónix ganhá-la e recuperar posições até ao 2º lugar. Também os FPMaus entravam na corrida, após um 1º nível mais titubeante. Só os Mamedes mantinham este duo em respeito, com mais um ponto. Como que a dizer: "Esta jornada é nossa!"
Estes três galfarros degladiaram-se até ao fim pelos pontos. A sorte sorriu aos Mamedes, mas a jornada acabou por ser bastante emocionante no que ao 1º lugar diz respeito.
Dos Feios, Porcos e Maus, já se falou. Tiveram hipóteses e até o Le Monde podia ter jogado a favor deles.
A Ordem do Fonix alcança o seu 4º podium deste ano. Fazem o pleno de finais e aumentam a distância para o segundo (agora os Mamedes) para 8 pontos. Continuam a respirar saúde e têm saído incólumes da maior competitividade do campeonato. Até onde vão?
Os Frikadælløs ficaram em quarto. Não têm ainda um podium, mas de certeza que também não o trocam pelas quatro finais em 5. Pois é, são eles a segunda equipa com mais finais e sem companhia. Candidatam-se à melhor estreia de sempre numa época.
A Irmandade do Bordel desta vez não viu o pássaro fugir da mão, como na jornada anterior. Um quinto lugar fez aumentar o número de equipas a chegarem à final, para 12. Não são ainda os (ex-)Mineteiros que terminaram em 6º lugar em 2007, mas já se sente mais qualidade na equipa.
Qualidade que já mora há uns tempos nos BMV c/ Laranja. É certo que foram sexto, mas numa jornada em que estiveram na molhada das fronteiras, conseguiram atirar com Cavaleiros e Zbroings para fora da carroça. E como eles dizem: "quando o Júlio vem, a final está garantida!"
Mas a noite foi à Carlos Lopes!
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