quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Superavit em Cascata - Edição Fevereiro



Mas que quiz Freak-o-deles.
por Gabriel Alves



Quem como eu já viu muito jogo da bola e, ocasionalmente, algum futebol não pode deixar de ficar surpreendido com os paralelismos entre a arte do esférico, o quiz e do quanto tudo isto está longe de ser uma ciência exacta. Por isso, na antecipação do quiz Frikadaéllico, tinha em mente uma mistura entre rigor nórdico e irreverência, a procura de um espaço para brilhar e o poder de surpreender, uma espécie de quiz a la Brian Laudrup ou talvez até uma Victoria Silvstedt.

O resultado final, infelizmente, não foi por aí como avanço nos meus cinco pontos:

1º Um quiz uns bons sete palmos debaixo de terra – Nunca a táctica da cascata temática em pressing ao longo do jogo foi usada de forma tão arrojada. Não só a turma dos Frikadaellos optou por um tema que não era transversal à sala (o universo do Metro), como o levou do primeiro ao terceiro nível, quando por norma a experiência recomenda que as invenções fiquem pela primeira fase. Além do mais, a táctica revelou-se inconsistente e pouco ponderada, porque se a uns calhavam estações a outros calhavam citações, pelo meio de personalidades mortas ou forcas do Metro que, uma vez mais, resultaram numa clara dispersão e pouco entretenimento. Cultura Underground é um bonito trocadilho sim senhor, mas a viabilidade do mesmo teve o ritmo e alegria de uma qualquer casa funerária.

2º A vantagem da finta curta, face à condecoração lenta – Sejam 16, 14, 10 ou 6 equipas em jogo, perguntas com mais de três linhas nunca são augúrio de clareza e simplicidade, mesmo com projecção. Se a isso se juntar o entusiasmo que geram comendas e confrarias, temos um autocarro estacionado à frente da motivação. Uma vez mais, algo que teria passado por baixo do radar se não tivesse sido utilizado à condição de tema mas, em vez disso, duas ou três perguntas pelo meio. É o chamado falso rápido, um tema que se enche num instante, mas que demora muito tempo a ser digerido pela audiência.

3º Que nunca se espere ouvir um silêncio ensurdecedor no Quiz – O público da cascata é mexido, buliçoso, gosta de agitação, bifanas e da jinga do copo a bom preço. Como tal, da parte da organização espera-se endurance, capacidade de flanqueamento auditivo e comunicação com todos os sectores. É essa a razão porque nem todos os membros de uma dada equipa se adequam às funções de skipper do microfone, a bem de um jogo fluído, menos granel e mais horas de sono. A título de recomendação, que se ponham os organizadores a precisar de rodagem num terceiro nível, em que o número de equipas é mais reduzido. No palco de Fevereiro, um certo empastelamento na condução do jogo contribuiu para a sensação de um quiz pesado, apesar de nunca ter faltado leveza na boa disposição.

4º Uma tentativa de não tentar jogar aberto – Um quiz “difícil” não tem que ver apenas com a escolha de temas ou com a condução do jogo. Tem a ver com a forma como o mesmo é estruturado do ponto de vista do organizador em relação a quem joga. A meu ver, os Frikadaellos não nivelaram o quiz pela audiência mas sim pelas suas próprias expectativas, algo que se pode dever a alguma inexperiência ou ao desejo inconsciente que muitos organizadores têm de “Finalmente vou poder ver num quiz coisas que eu gosto e raramente vejo”. A dificuldade média foi elevada o que, a juntar aos temas, complicou o sistema. Face ao segundo nível, o terceiro acabou por parecer acessível, coisa que por norma não se verifica na lógica de pirâmide que o jogo tem.

5º A simplicidade do quiz como arte plástica – Passa por não complicar, por não achar que um quiz não é sério se for acessível. É uma experiência organizativa diferente de, por exemplo, um quiz de bar onde a vertente lúdica é ainda mais forte, mas a cascata não tem que ser um poço. No entanto, há diferenças entre um quiz exigente e um quiz impraticável e tudo começa na simplificação. A parte escrita era engraçada, mas a forma de a pontuar era complexa e exigente. Os temas não foram uma boa aposta, mas mais perdoáveis se tivessem ficado pelo primeiro nível. As perguntas podem sempre ser simplificadas na sua estrutura e a organização organizar-se para proporcionar um espectáculo bonito, moderno, arejado.


Quiz é quiz e vice versa e, como tal, a imprevisibilidade faz parte do jogo. Esperemos que em Março essa imprevisibilidade seja mais pelo lado positivo e que na próxima vez que os Frikadaellos subam aos relvados organizativos levem memória da última exibição e mostrem mais de Brian Laudrup e menos de Martin Pringle. Até breve, sempre em superavit.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Classificação Geral em Fevereiro

Classificação da 2ª Jornada

Tortura quizística superada pela boa disposição geral !

Uma jornada em que não choveu, coisa rara nos dias de hoje e em que faltaram duas equipas (Indomáveis SAD e Golfinhos, o que faria prever que algo de anormal poderia passar-se. E assim foi, um jogo cheio de baixos, torturante, com demasiadas perguntas sobre o mesmo tema (a cascata Underground entra para a história como uma das mais desinteressantes de sempre); No entanto, destaco a excelente apresentação visual do jogo, com alguma periclitância na condução ao princípio, facto normal se atendermos que houve estreias neste aspecto. Mas foi mau este ensaio; Mau demais se atendermos na pouca diversidade temática, no tamanho das perguntas (quase maiores que o ecrã) e na dificuldade generalizada nos três níveis: 37 perguntas (mais um record batido) deram à volta à sala, o que significa que 21% do jogo teria de ser repetido se os regulamentos o determinassem e as perguntas sem resposta certa sucediam-se, sempre em crescendo (9 no nível 1, 13 no 2 e 15 no nível 3). Um desastre este jogo dos Frikadaellos, o Luís já nos habituou a muito melhor. Em relação à prestação das equipas, o nível escrito denotou algumas especificidades na pontuação das perguntas que fez baixar as classificações, o que deixou os Mamedes em primeiro isolados e os 1,2,3 Madrid em último, sem pontos. Com o descalabro underground do nível 1, safaram-se as equipas que habitualmente andam nos lugares da frente, com tanta parvoíce, alguns pontos se haveriam de amealhar. E assim os Ex-Cavs tomaram a dianteira, seguidos de perto pelos Mamedes e pela revelação estreante “Persistência da Memória” de Jorge Napoleão, Pardal, Daniel e Cª. Pelo caminho ficaram os 1,2,3 Madrid que não conseguiram recuperar, os Duracell por um fio, e os NNAPED e Ursinhos que se enterraram nos túneis do metro. Destaque para a recuperação dos Universus e Frigorificus e dos Folie à 5, que asseguraram a peimeira passagem de nível este ano. A dificuldade parecia ter baixado neste 2º nível, apesar de mais uma cascata underground, no entanto antes da metade, percebeu-se que a coisa ia piorar pela quantidade de perguntas sem resposta e pelos chicken eyes que começaram a cacarejar na sala. Os maiores prejudicados com a tortura frikadaéllica foram os campeões Espertalhos que ficaram fora da final. O 3º nível prometia ser mais uma sucessão de impossibilidades, no entanto o nº de pontos alcançado pelas equipas (19) pôde contrariar esta ideia, apesar de metade das directas terem dado a volta à sala. Ainda bem que não há substituição no 3º nível, assim o jogo teria demorado mais tempo. Os FPM tomaram conta do nível, alcançando a primeira vitória do ano, depois de uma má entrada em Janeiro (esteve meia equipe) e os Mamedes asseguraram o 2º lugar, num final em que os estreantes PdM ganharam o 3º lugar com o ponto conquistado na derradeira cascata do jogo. BMVLM, Ex-Cavaleiros e Ordem do Fónix classificaram-se nas restantes posições. Algum desequilíbrio neste arranque do campeonato com Mamedes e Persistência da Memória a ganharam terreno, seguidos pelos FPM, BMV e Ordem da Fónix.A próxima jornada regressa em Março com Lais ao comando.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Classificação Geral (2 jornadas disputadas)

1º Fernando Mamedes -22
2º Persistência da Memória-18
3º Feios Porcos e Maus- 13
4º Ordem do Fónix - 12
5º BMV-LM - 12
6º Espertalhos do Carinho - 7
7º Ex-Cavaleiros - 6
8º Ursinho Bóbó- 5
9º Lais da Carangueja -4
10º NNAPED- 3
11º Frikadaellos -3
12º Universos e Frigoríficos -3
13º Folie à 5 - 3
14º Indomáveis SAD -2
15º Duracell Extra - 2
16º 1,2,3 Hala Madrid -2
17º Golfinhos - 1





Mini-crónica de Fevereiro, organização Frikadaellos.


A parte escrita:

A parte escrita pode considerar-se elaborada de uma forma perfeitamente normal, embora não fosse nada fácil. Destacaram-se pela positiva os Mamedes com 6 pontos, pela negativa os 1,2,3 que não conseguiram nenhum ponto nesta fase do jogo.

O Nível 1:

O nível um foi no mínimo complicado. A opção por uma cascata underground, vulgo metropolitano de Lisboa, revelou-se um pau de 2 bicos. Um bico bom, passe a expressão, na introdução de figuras-chave da cultura portuguesa que se encontram espalhadas nas estações, um bico mau com a identificação das estações. Tornou-se uma segunda cascata Cabo Verde. Ser o metro, autocarro ou eléctrico torna-se irrelevante, mas implica o conhecimento desse meio de transporte e suas configurações, quem anda a pé ou de carro está entalado. E não se diverte. E essa cascata marcou decisivamente pela negativa o nível um. Aliás se perguntarmos a quem jogou como foi o nível um de certeza que a resposta será metro, nem eu próprio me lembro bem das restantes cascata, tantas foram as carruagens na minha cabeça.
Nesta parte do jogo os Ex-Cavaleiros fizeram 15  pontos, aproveitando a boa situação"geográfica" que a organização de Janeiro lhes proporcionou, seguidos pelos Persistência da Memória  com 14, terminando os Ex-Cavaleiros no comando com 18 pontos.
Nesta fase foram eliminados os 1,2,3 a minha amante está em Madrid, os Ursinho Bóbó, os NNAPED, e os Duracell que perderam no desempate para os Universos e Frigoríficos.
Quanto a perguntas a dar a volta a sala deixo essa dissertação para o Vitoriano e o Sérgio, mestres dos números e das letras.

O Nível 2:

Surpresa das surpresas, o nível 2 tinha mais do underground, uma delícia para o Miguel dos Mamedes, um martírio para o resto da malta. mal sabíamos nós que não ficava por aqui.
A jogabilidade alternou entre um 2 muito fácil e um 2 dificílimo. Algum burburinho, chicken eyes, uns ataques de surdez do Luís, nada de novo afinal. A do Eduardo Pacheco foi genial.
Saíram nesta fase os renovados Folie à 5 que apenas conseguiram 1 ponto, os Universos (2), os Lais e os campeões Espertalhos que saíram num jogo onde nunca se entenderam.
Na frente os Mamedes com 29 seguidos pelos FPM com 26. Uma distância aparentemente segura.


O Nível 3:

Pois...mais metro. Já não havia mais pachorra. De resto foi difícil como é apanágio deste nível, apenas com 5 respostas acertadas das 36 directas.
Os FPM fazem 5 pontos nesta parte contra 2 dos Mamedes, igualando-os e vencendo no desempate. Depois de um Janeiro decepcionante redimem-se em Fevereiro com uma merecida, na minha opinião, vitória. Segundo lugar para os Mamedes, um bom resultado para o objectivo de reconquistar o título, terceiro lugar para os Persistência da Memória, que voltam a fazer um bom resultado.
Quarto lugar para os BMV, quinto os Ex-Cavaleiros, sexto os Ordem do Fónix.


Balanço:

De positivo há que destacar as folhas de pontuação que muito jeito deram, a apresentação de uma forma forma global segura e com poucos lapsos, uma parte escrita difícil mas dentro do padrão habitual. A cascata das frases cinematográficas também teve piada, bem como o terem usado a única coisa que deveriam ter feito underground, divulgar as grandes figuras da nossa cultura e seus pensamentos.
Também destaco a bonomia com que "levaram" com os nossos habituais protestos e, neste caso, algum enfado.
De negativo realço o número de perguntas que deram a volta à sala e .....o .....hum......METRO!
Que caraças já não bastava o Zé Pedro e Cabo Verde! E se alguém se lembra de nos pôr a identificar conchas sem serem as da Quinta????
Uma recomendação de uma pessoa que faz  quiz´s semanalmente, sigam 2 coisas muito simples. Não inventem e façam o jogo para quem joga e na perspectiva dessas pessoas, por mim falo que depois do Miguel a cantar, do Zé a fazer de guia turístico e os Frika a mostrar-me o metro onde só andei 2 vezes, quero só uma bandeira, uma pergunta de ténis, uma imagem de cinema, o Batman e o Robin, Charles Dickens, os Maroon 5, uma série de TV , um ossito e um símbolo químico e para rematar uma dobrada ou umas tripas. Chega-me bem para um quiz cascata.
Um abraço solidário para os Frikadaellos, que o vosso e o nosso jogo sirvam para  em Março os competentes Lais da Carangueja ( jogam muitos quiz´s de um quizmaster espertinho), façam o melhor jogo do ano



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A poucas horas do 2º jogo de 2013 confirmaram-se 2 desistências uma em tempo regulamentar a outra em cima da hora mas sendo perfeitamente desculpável dado ser de uma equipa que nunca falhou e imponderáveis acontecem a todos. Assim, sem a presença dos Indomáveis SAD e dos Golfinhos, 14 equipas lutarão pela glória escondida no maquiavélico jogo dos Frikaedellos.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Na próxima sexta-feira realiza-se a segunda jornada do Quiz Cascata de 2013 com organização a cargo dos Frikadaellos, equipa que se não me falha a memória não organizou em 2012. Com tanto tempo de "descanso" espera-se um quiz divertido e ligeiro como normalmente se nos apresenta mensalmente a equipa capitaneada pelo Luís Martins.
O que eventualmente pode ser perigoso é a afinidade que eles têm pelos veraneantes Zbroing 747 o que poderá levar a um quiz com uma cascata sobre a cerveja Super Bock ou Sagres desde que seja muito. A ver vamos como dizia o cego!
22,30 lá estaremos.