sábado, 20 de novembro de 2010

CLASSIFICAÇÃO DE NOVEMBRO


1ª vitória de sempre dos BMV c/ Laranja. Torna-se a 9ª (ou a 10ª se preferirem) a juntar-se ao clube dos vencedores. Parabéns!

6ª organização dos Cavaleiros. No primeiro ano (2006), dois elementos organizaram, cada um as duas primeiras jornadas: Hugo Oliveira (com Marlene Franco) e João Silva.

Os BMV c/ Laranja juntam-se à lista depois de... Cavaleiros, mas também de Fósseis, Mamedes, Ordem do Fónix e Espertalhos.

Mamedes e Fósseis/Fónix têm 5 finais em 6 possíveis. Mamedes são os "reis" dos Cavaleiros com 5 podiuns. Fósseis/Fónix têm 4.

Só Zbroings e os próprios Cavaleiros alcançaram mais que um podium (2 cada), embora "metade" dos BMV... também.

Os BMV c/ Laranja e os Lagartixas fizeram o pleno de finais: 3. Os Ambite também, mas só com duas participações.

Campeonato:

Zbroings são campeões a uma jornada do fim. Muitos parabéns a eles!

É a 4ª vez consecutiva que o campeão é encontrado em Novembro. Só em 2006, foi preciso chegar à final da última jornada para definir o campeão.

Mamedes também são virtualmente vice-campeões (a menos que faltem em Dezembro). E é a 3ª vez consecutiva que o 2º lugar fica definido (considerando que as equipas não faltam).

Já para o fecho honroso do podium, os Espertalhos terminarão com a medalha de bronze se acabarem em Dezembro nos 4 primeiros lugares. No 5 ou 6º lugar, se Cavaleiros não ganharem. Abaixo disso, têm que esperar que os Cavaleiros não terminem nos dois ou três primeiros lugares (consoante 2º ou 1º nível) e/ou ainda que Ursinhos não ganhem.

Para a Liga Europa, entre o 4º e o 7º, tudo (mas mesmo tudo) é possível! E como diz o outro, é só fazer as contas.

Feios Porcos e Maus consolidaram a organização para o ano e só aguardam para saber qual a sua posição entre o 7º e o 9º.

Mais para baixo, ainda está tudo em aberto. A Unidade 101 tem praticamente garantida a organização para o ano (independentemente de possíveis desistências), pois era necessário que quatro das equipas imediatamente abaixo chegassem à final. Não é impossível, mas é extremamente difícil.

Mas para as restantes, qualquer lugar na final pode chegar para ficar nos 11 primeiros. Embora Folie à Cinq necessite no mínimo de um 5º lugar (tem vantagem em caso de empate, sobre qualquer um) e mesmo assim pode não ser suficiente. Nnaped e P2U/Duracell necessitam de uma noite de glória entre os dois primeiros.

Records

BMV c/ Laranja alcançam a 4ª final num ano, igualando 2009. Terceiro podium num ano, constitui o melhor registo.

Ursinhos e Ordem do Fónix partem para a última jornada sem terem conquistado uma vitória este ano. Se os Ursinhos só não ganharam em 2006, já para a Ordem é uma situação absolutamente inédita.

Mamedes e Zbroings passam a ser as equipas com mais finais consecutivas, actualmente: 6

Zbroings concluem o campeonato, igualando o seu maior nº de finais: 8 (alcançado também em 2008). São os campeões com menor nº de finais, igualando os Mamedes em 2006. E também os campeões com menor nº de podiuns de sempre: 6.

Feios Porcos e Maus alcançam a 3ª final consecutiva, o que não sucedia desde Maio de 2009. O seu melhor registo é de 4, alcançado em Junho de 2008.

Os Frikadælløs ficam pela 2ª vez em 20 participações pelo 2º nível! Geralmente quando passam o 1º nível, chegam à final.

Os Espertalhos continuam a ser a equipa que há mais tempo passa o 1º nível: 15

Os Defenestrados mantêm-se como a equipa que há mais tempo não vai à final e, coincidentemente, que não passa o 1º nível: 10.

Ranking:

Como organizam em Dezembro, Zbroings vão manter a pontuação deste mês, e consequentemente acabam o ano em 1º lugar no ranking de 5.

BMV c/ Laranja dá um salto e regista agora a melhor posição de sempre.

Feios Porcos e Maus saltam para os 6 primeiros lugares, pela sétima vez desde Julho de 2009.

A Ordem do Fónix deixa os 6 primeiros lugares pela 2ª vez, desde Dezembro de 2008.

E agora duas perguntas para coca-bichinhos das estatísticas:

1ª - Excluindo as organizações de 2006, só duas equipas organizaram sem nunca terem chegado a uma final antes (incluindo as prestações de 2006). E só uma destas, nunca esteve numa final. Quais são as equipas, e destas qual nunca chegou a uma final?

2ª - Incluindo as organizações de 2006, qual a equipa a que mais finais chegou, antes de organizar pela primeira vez? (pode nunca ter organizado ainda)

Também poderá ajudar, dar uma vista de olhos no blog quizdecascata. O link está à direita.

Respostas para o mail quizadas@gmail.com. Os 3 primeiros a responderem certo, levam uma pequena lembrança em Dezembro.

E é tudo. Até para o próximo mês!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Previsão apocalíptica em cavalgada à boca das urnas

Conhecendo eu o Rogério desde os seus tempos de petiz de longos cabelos e devoção especial por Rao Kyao, não me foi difícil falar com ele sobre uma curta antevisão do quiz que os seus Cavaleiros vão organizar hoje.

Melhor ainda, conhecendo-o assim tão bem, isentei-o de imediato de responder às questões que lhe coloquei, oferecendo-me para responder por ele. Afinal de contas, estou apenas a seguir a moda dos exercícios literários tipo “conversas com Deus” e outros tipo de personagens com a mania das grandezas. Além disso, dificilmente ele conseguiria ser tão sincero como eu sou a responder por ele.

Do campeonato


Roger, se puseres uma peruca de Nuno Rogeiro e usares uma cassete do Luís Freitas Lobo, como analisas o campeonato até agora, passando obviamente pelas organizações dos jogos e da luta pelo título?
Bem, no mapa do contexto geo político estratégico, o pressing intensivo das grandes potências continua a verificar-se e é impossível aos pequenos players vincarem a sua diferença, pelo menos no curto prazo. As organizações revelaram essa mesma instabilidade, fruto por vezes da ausência de uma táctica eficaz em termos de quiz moderno, sem terem a atenção devida em termos das cambiantes estratégicas e também da paixão que é necessária para levar as coisas a bom porto.


Para o ano, para além da edição dos "Grandes vídeos e ritmos de conga" do João Silva, o que gostavas de ver implementado no quiz de cascata?
Um quiz de cascata drive in seria divertido, especialmente pelas possibilidades que oferece em termos de atropelamento e fuga.

E esta modinha do quiz vir nos meios de comunicação. Achas que vai atrair público de qualidade ou as hipóteses de sermos abordados por gente estranha vai aumentar?
Estamos na Ajuda e em plena Academia, por isso gente estranha será certamente coisa rara. Creio que faltará pouco para um Prós e Contras sobre a proliferação do quiz e aí, temos no nosso seio intervenientes habituados a gritar para fazer valer opiniões, gritar a pedir comida e álcool e a gritar só pelo simples prazer de gritar, pelo que não temos nada a temer.


Dos Cavaleiros

Um começo em grande e uma queda igualmente em grande a meio do campeonato. É essa a sina dos Cavaleiros ou é apenas uma forma estranha de se divertirem?
Creio que o nosso problema foi sempre uma focagem mais intensiva na parte do Apocalipse do que na da Cavalaria. Por isso, mais do que diversão estilo Crash, temos de lidar com o chamado castigo divino, como costuma dizer o Fernando, que teve a sorte de conviver em pessoa com três dos quatro autores dos Evangelhos do Novo Testamento.


Com mais um ano de resultados que possivelmente ficam algo abaixo das vossas expectativas, o que diz o futuro: para o ano é que é ou começam a ponderar a ideia de irem espalhar a morte, a guerra, a fome e a pestilência por várias equipas?
Isso são questões que não gostaria de abordar nesta altura, até porque ainda não definimos a nossa tabela de preços, na eventualidade de uma liquidação total de Cavaleiros em stock. No entanto, o Fred está já a trabalhar num filme que falará sobre a história da nossa equipa e consoante lhe dê mais jeito que o final da coisa seja uma comédia ou um drama, logo decidimos o que fazer.



Da organização da jornada em si

Como referi anteriormente, Já nos conhecemos há muitos anos e não é segredo o teu entusiasmo por ikebana. Vai ser desta vez que sacas uma cascata do tema para fazer o teu próprio Sun Tzu ou tens outras ideias na manga?
É curioso que fales nisso, embora me emocione sempre ao falar em Ikebana e sabes bem que não gosto de chorar em entrevistas falsas. Posso ainda adiantar que estou também a fazer uma cascata de Sun Tzuning, em que saem perguntas sobre assuntos bélicos, carros quitados e assaltos a bombas de gasolina.

Usando um nome de um filme, como defines a contribuição dos membro dos Cavaleiros para esta organização?

Rogério – Spartacus (não tanto no sentido épico grandioso, mas mais porque gosto de usar armaduras de couro enquanto estou a escrever perguntas)

Johnny Bigodes – Fuga para a vitória (pelo enquadramento desporto, guerra, política e táctica ao nível de um Stallone à baliza ou o Pelé a fazer de tobaguenho)

Fred – A Beautiful Mind – Não tanto pela mente em si, mas mais porque ele é obrigado a inventar muito nas pontuações que vai anotando, criando fórmulas fictícias que nos colocam sempre na fase final, mesmo quando saímos no primeiro nível, qual John Nash de trazer por casa.

Pascoalinho – Chamavam-lhe o Bulldozer com Bud Spencer. Aqui fiquei indeciso, pois o António é um cinéfilo de primeira e não é fácil. Não entanto, o paralelismo entre o personagem de Spencer, atleta que virou pescador que volta depois a atleta, em cenário de elevado requinte e subtileza e o paralelismo do cinéfilo que virou quizzer sem deixar de ser cinéfilo era por demais evidente.

Fernando – The Birth of a Nation – Não só porque foi ele que aconselhou o Griffith em relação ao título do filme, como este é do signo Aquário, o que pode justificar o facto de um dos posters do filme ter um cavalo, a sua peça favorita no tabuleiro de xadrez.


Finalmente, qual foi aquela pergunta que esteve até à última para entrar e, com grande pena tua, tiveste de retirar?
Que afamado praticante de quiz de cascata, criou a famosa resposta standard “Boceta de feijão” utilizada em perguntas que não lembram ao demónio?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Quiz chega à TV

Parece que o quiz está cada vez mais na moda e não nos referimos ao estilo Outono-Inverno dos jogadores. Depois do Jornal I, chegou a vez da SIC dedicar uma peça a esta bela modalidade e onde não faltam intervenções de alguns habitués da Cascata.
O cenário foi o Domínio Público, mas creio que já não faltará muito até termos um canal no Meo e transmissões em directo da Academia.

Até lá, vamos ganhando tempo de antena.

sábado, 13 de novembro de 2010

Reportagem do "i"

Já atrasado, mas cá vai então a publicação do artigo no jornal "i" a 28 de Outubro de 2010 pela jornalista Maria Espírito Santo. Para quem não leu, leia agora. Para quem leu... releia.


As sessões de quiz em Lisboa estão para durar. Esta máfia adora ser interrogada

Noite, fumo, cerveja, perguntas. Não é uma reunião suspeita: o Quiz de Cascata, na Ajuda, tem mais de 90 participantes e é um dos muitos da cidade. Fomos a uma sessão.


"Eu sei, eu sei esta! E tu, tu também sabes", insiste Jorge Napoleão enquanto os outros membros do grupo olham para ele, pensativos. A tensão instala-se: uns encostam a mão à boca, outros franzem o sobrolho e há ainda quem dê safanões na mesa em tom de indignação.

Hoje é dia 16 de Outubro, a terceira sexta-feira do mês. Não há que enganar: é noite de Quiz na Tapada da Ajuda, em Lisboa, e vai durar até de madrugada.

Lembra-se daquelas longas noites passadas em família a jogar Trivial Pursuit ou Pictionary? É mais ou menos este ambiente que os bares com Quiz pretendem recrear. Os chamados "pub quiz" nasceram no Reino Unido e parece que ainda fazem sucesso por estas bandas. Umas perguntas de cultura geral, na companhia de amigos, com cervejas, petiscos e outras tantas gargalhadas pelo meio, parecem ser a receita ideal para uma noite bem passada.

Mas quizes há vários e este, que se realiza uma vez por mês na Ajuda, é de Cascata. A Academia Recreativa da Ajuda é o local que cede uma das suas salas para a realização do jogo. De paredes verdes e bandeira de Portugal pendurada, a Academia tem a porta aberta, disponível à entrada de qualquer um. Mas quem se passeia pela Academia são na sua maioria caras conhecidas que estranham a presença de convidados.

"Já faço o Quiz de Cascata há dois anos e Quizes no geral, há cerca de três anos e meio" explica Jorge Napoleão, advogado, de 42 anos. "Eu vim uma vez porque uma amiga precisava de uma pessoa para o grupo e a partir de aí, passei a vir sempre" conta Joana, farmacêutica." "Eu, eu estou cá pela primeira vez", acrescenta outro membro do grupo. Estes são os "Unidade 101". O nome é inspirado na obra "1984", do escritor britânico George Orwell. Mas as conversas ficam para depois. Iniciou-se a sessão. Dois papéis são entregues em cada mesa, as cabeças urgem para o centro e começam a saltar os palpites.

A primeira fase do Quiz de Cascata é escrita. A cada grupo é entregue uma ou duas folhas com ilustrações e várias perguntas. Seguem-se as perguntas orais, que são dirigidas em específico para cada grupo e têm três níveis de dificuldade. Em cada nível existem seis cascatas, três ascendentes e três descendentes. Tradução: se um grupo não souber a resposta à sua pergunta, ela passa para o grupo anterior ou para o que está a seguir (isto dependendo se a cascata é ascendente ou descendente). à medida que se vai subindo de nível, as equipas vão sendo eliminadas. Vários temas são abordados: desde política, a geografia, cinema, música ou até fofoquices de revista cor-de-rosa.

A sala onde se realiza o Quiz, de paredes brancas e chão de tijolo, já foi um dia utilizada para outros talentos. Lá ao fundo pode-se avistar um palco com vários cenários caídos e um banco de jardim ao centro. É no canto do palco que estão as pequenas recompensas da noite: avistam-se garrafas de vinho e caixas de biscoitos. Hoje, a sala está cheia, barulhenta e atarefada: 16 mesas ocupam o espaço. Cada mesa pertence a uma equipa que não pode ter mais de seis elementos. Se tiver, pode participar no jogo, mas não pode ganhar: faz parte das regras.

João Silva, professor de Educação Física e membro da Junta de Freguesia da Ajuda foi o organizador deste Quiz. "Costumamos começar às 22 horas. Hoje está a haver um pequeno atraso, deve ser pelo trânsito", explica. João Silva também organiza Quiz noutros locais, como no Domínio Público, um bar perto da Praça de Touros, no Campo Pequeno.

Eles estão espalhados por Lisboa, nos sítios que menos espera. Nos bares com Quiz pode encontrar um amigo ou até um familiar. Desde advogados, a médicos, estudantes, farmacêuticos, hospedeiras, engenheiros, bancários ou jornalistas, todo o tipo de gente se junta para testar o seus conhecimentos. "São pessoas que acima de tudo gostam de conviver", confirma Rui Maçarico, gerente do Domínio Público. Aqui não só é realizado o Quiz em Cascata como também o dito normal. As equipas têm de responder por escrito a 50 perguntas de cultura geral que são projectadas nos plasmas espalhados pelo bar. Para participar, basta contactar o Domínio Público e reservar uma mesa ou então aventurar-se sozinho e esperar que um grupo aceite a sua participação.

Em Cascata ou normal o quiz é sempre para conviver. Organizadores e participantes concordam que é boa maneira de passar a noite. Rir com os amigos, advinhar, errar, acertar e festejar. Rui Maçarico conclui com um sorriso: "O melhor quiz é aquele em que tens a resposta mesmo na ponta da língua."

Por isso, a próxima vez que o seu marido, filho ou filha chegar a casa bem disposto e a cheirar a tabaco, não pense o pior. "Passei a noite num quiz!" não é uma desculpa esfarrapada.